O começo da safra 2015/16 no Paraná
11-05-2015

No Paraná, o clima não foi grande problema para a maior parte das usinas no ano passado. Já 2015 começou com quinze dias de déficit hídrico em janeiro. Depois voltou a ter déficit hídrico em março por mais quinze dias. Mas, na média, as chuvas no primeiro trimestre do ano foram razoáveis, segundo Edson Girondi, gerente de operações agrícolas do Grupo Alto Alegre, que possui três unidades no Norte do Paraná e outras duas no extremo Oeste do estado de São Paulo.
Segundo ele, em conversa com executivos de outras unidades paranaenses, nesse início de safra as usinas apresentam 5% a mais ou 5% a menos de produtividade em relação ao planejado num primeiro momento.

Isso ocorre em função da distribuição irregular das chuvas. “Já a qualidade da matéria-prima está abaixo do planejado, um pouco inferior. Tem unidade com 111 kg de ATR, outras com 120 kg, 125 kg. Uma média boa hoje deve estar em torno de 117 kg, 3% a 4% abaixo do planejado. Esses números já são com o uso do maturador, que é muito aplicado no Paraná.”

De acordo com Girondi, comparando a safra desse ano com a anterior, acredita-se que a produção e a produtividade devam se repetir no estado. “Em 2014 foram moídos 43,9 milhões de toneladas de cana. Nesse ano, esse volume deve se repetir, devendo fechar em torno de 43 milhões.”

Ele lembra que no estado tem unidade que parou de moer, mas seus canaviais serão processados por usinas vizinhas. Também tem empresa que não fez tratos culturais adequadamente. Por outro lado, haverá uma pequena expansão de área no estado. Esse quadro reforça a previsão de que a moagem deverá ser igual à do ano passado no Paraná.
Quanto à produtividade agrícola, também deverá ser igual à de 2014, talvez com pequeno viés de alta, de aproximadamente 67 toneladas/hectare. “No Paraná caiu muito a produtividade média. Mesmo tendo região que obtém produtividade de 80, 85 toneladas/hectare, existe uma variação grande dentro do próprio estado”, conclui.

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