O desafio da recuperação judicial
11-08-2015

Marcos Françóia, diretor da MBF Agribusiness acredita que o mercado de etanol irá se regularizar ao longo do tempo, pois o governo federal não poderá mais segurar o preço da gasolina. “O consumo do etanol está aumentado, em parte pela defasagem diminuída e, julgo eu, grande parte pelo fato da imagem negativa da Petrobras”, lembra.

O consultor admite que há boa vontade por parte das instituições financeiras em ouvir mais o setor e tentar flexibilizar as dívidas. Porém a exigência de mais garantias e taxas ainda altas, têm inviabilizado os acordos. “Infelizmente a recuperação judicial continuará a ser um desvio de rota na gestão, para se tentar fôlego. Porém se nada for feito, também não será uma solução. Não há como um plano de recuperação judicial dar certo se o mercado afunda cada vez mais. Se não houver uma intervenção do governo e uma flexibilização maior dos credores, a parte endividada do setor tende a sucumbir. Intervir é exigir regras de governança e acompanhar os resultados das empresas”, frisa.

Para se conduzir um processo com eficiência é preciso, na opinião de Françóia, em primeiro lugar realizar um diagnóstico efetivo e sério da empresa, por quem realmente conhece o setor. “Temos visto consultorias cometer grandes falhas nas projeções, induzindo bancos e devedor a erros de decisão. Também é preciso ter uma conversa prévia com os bancos, na tentativa de um acordo extrajudicial, visto que estão mais abertos a conversar”, explica.

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