O desempenho da colhedora de cana de duas linhas CH950 da John Deere na Bioenergética Aroeira
16-08-2023

Henrique Soares Naufel: “Ficamos décadas desenvolvendo melhorias para as máquinas de uma linha. Agora, é hora de focar nossos esforços nas colhedoras de duas linhas”. Foto: Leonardo Ruiz
Henrique Soares Naufel: “Ficamos décadas desenvolvendo melhorias para as máquinas de uma linha. Agora, é hora de focar nossos esforços nas colhedoras de duas linhas”. Foto: Leonardo Ruiz

Com duas colhedoras de duas linhas em sua frota, Bioenergética Aroeira vê aumento de rentabilidade na colheita com redução de custos operacionais

“Era necessária a adoção de tecnologias que permitissem um aumento de rendimento da colheita mecanizada ao mesmo tempo em que reduzissem os custos de CT (Colheita e Transbordamento) e o consumo de óleo diesel”, explicou o gerente de operações agrícolas da Bioenergética Aroeira, Henrique Soares Naufel, quando questionado sobre os motivos que levaram a usina mineira a iniciar os testes com a CH950, a colhedora de duas linhas simultâneas e independentes da John Deere. 

O profissional conta que o projeto teve início em 2021. O objetivo era testar a máquina por quatro meses, período no qual seriam avaliados diversos KPIs (sigla em inglês para Key Performance Indicators), como consumo, produção, disponibilidade e custo de manutenção e de operação. “Aquele foi um ano bastante difícil em função de secas, geadas e queimadas. Mas, felizmente, conseguimos colocar a máquina em todas as condições de cana-de-açúcar que tínhamos, uma vez que a ideia era comparar seu desempenho com as colhedoras de uma linha.”

Os resultados dos testes foram tão positivos que, hoje, a companhia possui duas CH950 em sua frota. Na última safra, elas foram responsáveis por colher 660 mil toneladas de cana-de-açúcar, uma média de 330 mil toneladas por máquina. Diante desses números e da expectativa de expansão da moagem, Naufel revela que a Aroeira planeja adquirir duas novas máquinas para o próximo ano.

A média diária de colheita de cada CH950 na Bioenergética Aroeira é de 1500 toneladas. Num futuro próximo, a expectativa da companhia é elevar esse volume para 1.800 ton/dia/maq. Em comparação, as colhedoras tradicionais de uma linha colhem 860 ton/dia/maq. “Se as priorizarmos, esses números com certeza seriam maiores. Já houve casos de mais de três mil toneladas por máquina em um único dia. No entanto, não podemos ficar escolhendo áreas. Elas devem colher o que estiver disponível”, ressalta Naufel.

Diante da expectativa de aumento da moagem, Bioenergética Aroeira espera contar com quatro CH950 em sua frota já na próxima safra

Foto: Leonardo Ruiz

Além de maior rendimento operacional, a Bioenergética Aroeira tem observado uma série de outros benefícios. “Conseguimos uma boa diminuição nos custos de CT. Na safra passada, a média de consumo de óleo diesel das colhedoras de uma linha foi de 0,74 litros por tonelada, enquanto as CH950 entregaram médias de 0,60 L/ton. Uma redução de quase 20%.”

Por fim, o gerente de operações agrícolas da Bioenergética Aroeira afirma que a companhia vive, atualmente, uma curva de aprendizado, desenvolvendo novas tecnologias e formas de trabalho visando impulsionar ainda mais a performance das CH950. “Ficamos décadas desenvolvendo melhorias para as máquinas de uma linha. Agora, é hora de focar nossos esforços nas colhedoras de duas linhas, que com certeza farão parte da nova era produtiva do setor canavieiro nacional.”

Veja matéria completa: http://www.canaonline.com.br/conteudo/pesquisar?s=Realidade%2C+colheita+de+duas+linhas+simult%C3%A2neas+leva+canaviais+a+um+novo+patamar+produtivo

Fonte: CanaOnline