O desempenho do controle biológico em broca e cigarrinha
17-09-2015

José Antônio Rossato Jr., doutor em Agronomia, com especialização em Entomologia Agrícola, afirma que, para o controle biológico da broca-da-cana, a utilização de Cotesia flavipes pode alcançar níveis de parasitismo na faixa de 35% a 60%. “Além disso, o posicionamento de microrganismos entomopatogêncios tem apresentado redução de 50% na população de lagartas no campo.”

Já para a cigarrinha-das-raízes, o controle biológico através do fungo Metarhiziumanisopliae pode atingir níveis de parasitismo em torno de 70% de eficácia. “Vale ressaltar que estes níveis de controle apresentados são extremamente relevantes para o controle biológico aplicado”, sublinha o especialista.

Apesar de o controle biológico apresentar resultados satisfatórios de controle de pragas, ainda persiste entre muitos produtores certa resistência à aplicação dessa técnica.

Rossato lembra que a cultura de se utilizar do controle biológico não é algo que se constrói de uma safra para a outra. “É investimento na fauna benéfica do canavial e leva tempo para se construir esse alicerce. Como toda e qualquer estratégia de controle biológico de pragas, é imprescindível estar atento a qualidade do produto biológico adquirido.”

Ele destaca ainda a necessidade de se proporcionar treinamento de noções básicas acerca da biologia e comportamento das pragas-alvo aos colaboradores envolvidos, e salientar a importância da tecnologia de aplicação a fim de respeitar as limitações dos agentes biológicos frente às condições do ambiente. “É uma forma de controle extremamente técnica. Neste sentido, os fornecedores e unidades que buscam resultados rápidos e imediatos, não se adaptam facilmente e apresentam certa resistência”, dispara.
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