O espaçamento duplo alternado no Grupo Clealco
11-05-2015

Cássio Manin Paggiaro, diretor do Grupo Clealco, de Clementina, SP, concorda que, a partir dos anos 2000, o cenário do canavial mudou, impulsionado, principalmente, pelo aumento do corte mecanizado. "Tudo isso causou mais pisoteio, menor porosidade do solo e maior arranquio e abalo das soqueiras".

Para Paggiaro, a evolução da colheita mecanizada se deu sem muito planejamento e conhecimento, fazendo com que, no início, a eficiência da colheita mecânica fosse muito menor quando comparada à manual. "Em função disso, nós percebemos que precisávamos de novas alternativas para aumentar a eficiência das operações mecanizadas, principalmente, pelo fato de o Protocolo Agroambiental ter sido assinado em 2007, estipulando que o fim da queima, em áreas mecanizáveis, deveria ocorrer até 2014".
Umas das alternativas encontradas foi a adoção, em 2008, do espaçamento duplo alternado, de 1.50 m X 0.90 m. "Somente na fazenda São Valentim, utilizando a mesma variedade em espaçamentos simples e alternado, registramos que o ganho em TCH com o alternado foi de cerca de 12%".
Paggiaro afirma que as perdas com o espaçamento alternado são maiores se comparadas ao simples, porém, a Clealco tem trabalhado para que elas fiquem próximas a normalidade de mercado.
"Outro aspecto positivo do espaçamento alternado é relacionado ao custo da colheita mecanizada. Na safra 2014/15, colher mecanicamente espaçamento alternado foi 18% mais barato do que colher o simples".
OS PRÓS E CONTRAS DO ESPAÇAMENTO DUPLO ALTERNADO, SEGUNDO CÁSSIO MANIN PAGGIARO:
- Comportamento varietal sem referências suficientes na literatura
- Adubação por área ou metro linear
- Desenvolvimento de máquinas e equipamentos
- Perda de cana na colheita
- Qualidade do preparo de solo
- Fechamento de entre-linha
- Quantidade de muda para o plantio
-Localização da palha quando aleirada
- Controle de tráfego
- Produtividade agrícola
- Custo de colheita


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