“O etanol recuperou apenas parte de suas perdas; tem que aguardar para sentir reflexo positivo da melhora dos preços”
03-03-2016

“Conseguimos sair do sufoco depois de seis longos anos”, afirma Dib Nunes, diretor do Grupo IDEA. Segundo ele, isso acontece depois que o etanol – que absorve mais de 50% da cana nacional – foi massacrado no atual governo federal. Porque o etanol, que absorve mais de 50% da cana nacional, foi massacrado no governo Dilma. “Uma política em que cerca de 80 usinas para desativadas e quase a mesma quantidade está em recuperação judicial. É o reflexo de seis anos de congelamento dos preços do etanol”.

Para ele, o etanol recuperou parte de suas perdas, mas “temos apenas seis meses de recuperação, depois de um ano em que os produtores vendiam o máximo que podiam para fazer caixa para sobreviver. Por isso, não há um reflexo positivo dessa recuperação, mas deverá haver. Primeiro é preciso aguardar um pouco para as empresas começarem a fazer caixa, para aí sim termos um reflexo”.
Ele aposta nisso porque acredita que o governo não vá abaixar os preços da gasolina considerando a situação financeira difícil da Petrobras, e mesmo num cenário de baixa da cotação do petróleo.
“A remuneração atual do etanol está dando agora uma pequena margem para as usinas. Não é grande, mas ajuda as empresas a ficarem mais animadas e a produzirem etanol. Porque há mercado e o consumo é alto devido ao alto preço da gasolina”, analisa Dib.
Hoje o Brasil tem uma frota de cerca de 60 milhões de veículos, sendo que pelo menos 35 milhões são flex. “É um alto potencial de consumo para o etanol, tanto que esse combustível está tendo aumento de consumo nesse momento embora a paridade não esteja em 70%, e sim um pouco mais.”
Segundo ele, como a grana está curta, as pessoas estão preferindo por etanol no tanque.

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