O fogo não está mais atrelado à cana
06-08-2015

Um aspecto importante da campanha contra incêndios lançada em julho pela Abag/RP e o setor sucroenergético, é a oportunidade de mostrar para a sociedade que o fogo não está mais atrelado à cana. O Protocolo Agroambiental, firmado entre o governo do estado de São Paulo, a Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar) e os produtores de cana, teve papel fundamental nesse processo, uma vez que estabeleceu 2014 como prazo máximo para as usinas e produtores signatários extinguir a queima para a colheita de cana nas áreas mecanizáveis. Já nas áreas não mecanizáveis, o Protocolo estabelece como prazo final o ano de 2017. 

O que se viu, nos últimos anos, foi um processo acelerado de mecanização dos canaviais no estado de São Paulo. “No estado, como um todo, chegamos a 90% do índice de mecanização e na região de Ribeirão Preto esse índice é maior ainda, entre 93% e 97%”, observa José Guilherme Nogueira, superintendente da Socicana.
Para Nogueira, a sociedade ainda desconhece que cada vez menos o setor se utiliza do fogo para colher o canavial. “Por isso, quando cai fuligem na casa de um morador, logo já dizem: ‘é o usineiro que está queimando cana’, o que normalmente não é verdade. E além de ser uma prática mínima, quando ocorre é controlada e longe dos espaços urbanos.”
A incidência da queima de cana para fins de colheita já está em fase final, ainda mais perto de cidades. “Acredito que em dois anos vamos chegar à queima zero. Inclusive com a substituição das áreas que hoje não se consegue colher com máquina”, diz Nogueira, lembrando que o nível de mecanização da colheita entre os associados da Socicana hoje é de 85%. E onde ainda ocorre a queima, a ação de madrugada e acompanhada por um caminhão equipado e isso quando a queima é permitida.
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