O futuro da muda pré-brotada (MPB)
07-09-2016

Quando um produtor perceber que o MPB que produziu deu certo, o vizinho vai se interessar

O sistema de mudas pré-brotadas tenderá a ganhar força cada vez maior na canavicultura brasileira. Para Marcos Landell, diretor do Centro de Cana do IAC, em Ribeirão Preto, SP, o plantio em áreas comerciais vai chegar o mais rápido que se imagina. Não será integralmente, mas produtores e usinas vão aos poucos aderindo ao sistema. “Não tenho dúvida de que já teremos grande número de produtores plantando MPB nos dois próximos anos em área comercial. Teremos áreas 100% plantadas com o sistema.”

Inclusive ele relata que alguns produtores que aderiram ao projeto “Mais Cana” implementado pela Cooperativa Agroindustrial (Coplana) já querem plantar toda área comercial em um ou dois anos.

O pesquisador do IAC acredita que o MPB deve chegar primeiro para o fornecedor de cana. E isto está muito propício no momento, segundo ele, por conta do processo de reestruturação e modernização que a Orplana (Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil) vem passando. “É uma grande oportunidade para o fornecedor ficar mais forte, com melhor qualificação e maior capacidade de produção. Será a hora de virar o jogo a favor dos produtores.”

Outro processo que não deverá trazer problemas à expansão do MPB é a mecanização do processo de plantio. Para ele, já existem transplantadoras eficientes no mercado e a tendência é serem aperfeiçoadas conforme este mercado cresça e desperte maior interesse por parte dos fabricantes de máquinas.

“O nosso maior problema que está sendo resolvido está no próprio processo de produção do MPB; já o segundo é o processo de rustificação, que consiste em colocar plantas com boa capacidade de adaptação e promover isso no momento de produção da muda, para que tenha boa capacidade quando for a campo.”


E o processo como um todo vai ser aperfeiçoado no dia a dia. Landell relata um produtor de um dos núcleos de “Mais Cana” que montou um caminhão pipa e o transformou num modelo eficiente de irrigação. Agora pode plantar doze meses por ano porque é possível irrigar com facilidade.

“Quando um produtor perceber que o MPB que produziu deu certo, o vizinho vai se interessar. E um produtor que conseguir produzir mais mudas do que for utilizar, poderá fornecer o excedente à propriedade mais próxima, inclusive oferecendo o serviço da transplantadora, otimizando a estrutura que montou. Assim o MPB tem tudo para viralizar”, profetiza Landell.

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