O maestro Landell
28-09-2016

Marcos Landell cuida da afinação e da harmonia de um dos principais programas de pesquisas com cana-de-açúcar do país, o do IAC

Clivonei Roberto e Luciana Paiva

Entre o final da década de 1980 e início dos anos de 1990, não era raro um caminhão levando dezenas de trabalhadores rurais estacionar à margem da rodovia Antonio Duarte Nogueira, próximo à Fazenda Experimental de Ribeirão Preto, para dar carona a Marcos Guimarães de Andrade Landell, jovem pesquisador do Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Viajar na boleia do caminhão não era problema para Landell, apaixonado pelas pesquisas, não media esforços para acompanhar de perto os experimentos com cana-de-açúcar. Se as usinas eram o melhor campo de aprendizado, então era para lá que Landell se dirigia.

Era uma época em que a cultura canavieira perdia em importância dentro do IAC. Apesar da tradição do Instituto em cana-de-açúcar, que vem desde o final do Século XIX, sua seção de cana havia sido fechada em 1989, e apenas persistiam algumas ações isoladas, tocadas em diferentes pontos do estado. Em Ribeirão Preto, além de não haver veículo próprio para ir até os ensaios, Landell praticamente tocava sozinho na região alguns projetos em cana.

Desde quando cursava Agronomia na Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Jaboticabal, onde também ingressou no Mestrado em Produção Vegetal, Landell já tinha uma clareza: queria ser pesquisador. Seu sonho começa a virar realidade em 1981, quando passou no concurso para pesquisador no IAC. No primeiro ano, dedicou-se mais a estudos na área de nutrição, na sede da instituição, em Campinas. Depois começou a participar de atividades de melhoramento genético e em 1983 tornou exclusivo dessa área.

Trabalhava na Seção de Cana-de-açúcar. Um departamento que estava em processo de esvaziamento, com muitos pesquisadores se aposentando ou saindo. Landell era dos poucos novos pesquisadores. “Havia certo desânimo no IAC em trabalhar com cana naquele momento. Apesar de ser o boom do Proálcool, naquela época a Copersucar e o Planalsucar eram muito fortes. Tinham centenas de pesquisadores, enquanto o IAC havia contratado três novos pesquisadores para repor outros três que haviam saído”, relembra.

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