O principal destino do etanol brasileiro tem sido os EUA nos últimos anos. Como será em 2015?
20-03-2015

A forte desvalorização cambial tem alimentado a expectativa de abertura de uma janela de oportunidade para a exportação de etanol. Mas como o aumento da moeda norte-americana pode impactar nas negociações do biocombustível?

Toda desvalorização cambial implica na redução da quantidade de dólares necessários para se adquirir um produto com a moeda brasileira - o real. Segundo o economista da Datagro, Bruno Freitas, no caso do etanol, o real mais barato frente ao dólar proporciona aumento da competitividade no mercado externo, o que seria positivo para o comércio brasileiro.

“Entretanto, o atual cenário é bem diferente daquele observado em 2008, quando as exportações brasileiras superaram 5 bilhões de litros. Além de contar com uma maior produção interna, a União Europeia e os EUA diminuíram as importações também em virtude das revisões dos programas de uso de biocombustíveis”, explica o economista.

Com base em dados da Datagro Markets, nos últimos anos o principal destino do etanol brasileiro tem sido os EUA. Em 2014, o Brasil exportou 1,39 bilhão de litros de etanol, dos quais 719,23 milhões de litros ou 51,6% do total para o país norte-americano.
Porém, segundo o presidente da Datagro, Plínio Nastari, no ano passado os EUA produziram 54,1 bilhões de litros, e é hoje por larga margem o maior produtor mundial, abastecendo mercados antes atendidos pelo Brasil. Para isso, as próximas exportações de etanol em 2015/16 devem se manter em volume mais contido.

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