O problema não está apenas no preço da energia
17-07-2015

“Em abril houve um leilão de energia A-5, com pequena participação do setor. O governo tem reclamado que realiza os leilões e as usinas não vendem energia. E com o valor de R$ 280, do último leilão, é possível que investimentos aconteçam. Mas o maior problema é que governo exige que a usina faça toda a conexão. Mas com esse preço, não se consegue fazer isso. Com essa tarifa a usina precisa fazer um investimento alto na planta, depois precisa arcar com a linha de transmissão, e depois ainda é obrigada a doar a linha. Cada quilômetro de linha de transmissão sai por cerca de R$ 500 mil para a usina. Se a extensão da linha será de 20 km, imagine quanto ficará essa conta. E o tratamento com a eólica é diferente. A responsabilidade da linha é do governo. Sobre os próximos leilões de energia [haverá um leilão A-3 em 24 de julho], não acredito que teremos evolução. As usinas em si estão em condições difíceis. Precisam de nova linha de crédito, com melhoria quanto às garantias reais e recurso inicial de investimento. Senão, pode-se ter até um preço de energia viável, mas o empresário não vai ter condição de fazer o projeto. Não acredito que vamos ter muita surpresa.” 

Antonio Gilberto Gallati, diretor da TGM

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