O que é melhor para a usina: ter cana própria ou de terceiros?
14-09-2015

“Em época de crise, a cana mais barata que a usina recebe é a cana do fornecedor”, diz Luiz Carlos Dalben, presidente da Associação dos Plantadores de Cana do Médio-Tietê (ASCANA).É justamente nesses momentos, que cresce nas gestões das usinas o foco de aumentar a participação de cana de terceiros, alterando o mix mais comum no setor: 60% cana própria e 40% de produtor.

Já há grupos que são exceção, como a Zilor, que conta com a unidade São José, em Macatuba, unidade Barra Grande, em Lençóis Paulista, e a terceira em Quatá, município de mesmo nome. A Zilor trabalha com 100% de cana de fornecedor. A empresa cede sua área para que os parceiros cultivem a cana e desenvolve um processo de parceirização que conta com direitos e deveres, como bônus que incentivam o aumento da qualidade da matéria-prima.

Outro exemplo onde a cana de produtor tem maior peso, é a Destilaria Santa Inês, em Sertãozinho, que conta com 60% de cana de fornecedor. Essa tendência tem sido adotada também por grandes grupos, como a Raízen e Odebrecht Agroindustrial, que projetam cada vez mais trabalhar com cana de terceiros.

Mas, muitos defendem que a esteira da usina não pode depender apenas da cana do produtor, argumentam que a moagem pode cair, já que: por falta de recursos, o produtor de cana tem mais dificuldades para manter a qualidade da matéria-prima, a produtividade e longevidade dos canaviais. Além disso, quando o preço da cana está em alta, na região onde há competição pela matéria-prima, o produtor pode levar sua produção para quem pagar mais.

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