O que esperar do Brasil após as maiores manifestações de rua de sua história?
14-03-2016

O mercado reage positivamente a perspectiva de mudança, com bolsa subindo e dólar em queda

O Brasil assistiu neste domingo, 13 de março de 2016, às maiores manifestações de rua de sua história. Mais de três milhões de pessoas vestiram verde e amarelo não apenas nas capitais e grandes cidades, mas também em municípios do interior do país. Na cidade de São Paulo, melhor termômetro do engajamento dos brasileiros nos protestos, imagens aéreas mostraram os 23 quarteirões da Avenida Paulista completamente tomados. Segundo a Polícia Militar, 1,4 milhão compareceram; segundo o instituto Datafolha, foram 500.000: os dois números indicam que o ato teve uma adesão expressivamente maior do que aquele realizado em março do ano passado, que até agora era a maior mobilização popular do país.

A tônica das manifestações foi o repúdio ao governo Dilma Rousseff, ao Partido dos Trabalhadores e seu principal líder, Luiz Inácio Lula da Silva, e à corrupção endêmica desvendada pela Operação Lava Jato da Polícia Federal. O grito de ordem contra o PT pôs o partido como grande responsável pelos dias difíceis que o país atravessa

A força dos protestos neste domingo pode aumentar a pressão para que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que já tramita na Câmara e aguarda apenas uma decisão sobre rito do Supremo Tribunal Federal (STF), ganhe velocidade para avançar. O que não significa que aqueles que estão na linha de sucessão no caso do impedimento da presidente Dilma Rousseff saiam desse domingo legitimados com firmeza para essa tarefa. Em São Paulo, os tucanos Aécio Neves e Geraldo Alckmin - ambos aspirantes a disputar as eleições presidenciais pelo PSDB - foram hostilizados e nem chegaram a discursar, depois de uma breve passagem pela Paulista. No Rio de Janeiro, deputado fluminense Eduardo Cunha (PMDB), atual presidente da Câmara e agora oficialmente réu por corrupção, foi um dos principais alvos dos cartazes. Em Maceió, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), igualmente enrolado na Lava Jato, também foi lembrado em faixas. O único personagem universalmente louvado foi o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Lava Jato
Veja mais informações na revista Digital CanaOnline. No site www.canaonline.com.br você pode visualizar as edições da revista ou baixar grátis o pdf.
Mas se quiser ver a edição com muito mais interatividade ou tê-la à disposição no celular, baixe GRÁTIS o aplicativo CanaOnline para tablets e smartphones - Android ou IOS.