O setor deve rolar a dívida, no que for possível
25-11-2016

Deve-se negociar a dívida passada, rolar o que for possível, e colocar dinheiro no canavial

Entre as empresas do setor, há grande diversidade. Depende da composição de cada uma. Parte corresponde a grandes grupos, com investimentos fortes e não sentem tanto essa oscilação de altas e baixas de preço de açúcar. Mas, de forma geral, no setor há certo equilíbrio. Muitas empresas vão tentar pagar uma parte das contas e, ao mesmo tempo, investir no canavial porque as perspectivas continuam boas para 2017. Ou seja, o que deve acontecer é que se negocia a dívida passada, rola o que for possível, e põe dinheiro no canavial. É o que o setor está visualizando.
E provavelmente as usinas terão retaguarda nisso porque bancos e credores sabem que há essa expectativa de bons preços em 2017. Não sei dizer o quanto vai acontecer, mas certamente o investimento no canavial ocorrerá. Já investimentos em expansão são mais para frente. Como hoje as empresas estão endividadas e estão precisando fazer caixa, as decisões são para o curto prazo. Certamente serão decisões para aumentar cana para o próximo ano. Porém, decisões para médio prazo ainda não são para este ano. Especificamente a BP ainda não tem toda a cana que precisa hoje para encher as plantas. Por isso, tem como meta aumentar a produção de cana para chegar à capacidade de moagem total que possui.
Agnaldo Rigolin, gerente corporativo da Área de Desenvolvimento Agronômico da BP Biocombustíveis

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