O setor já se pergunta qual será a influência do clima na safra, principalmente em São Paulo
09-09-2015

Se as chuvas que estão caindo no Centro-Sul neste início de setembro continuarem num bom ritmo até o fim da safra, as usinas não conseguirão colher toda cana disponível. E a frustração da moagem tenderá a ser maior ainda em São Paulo. Mesmo com a estiagem de agosto, o maior estado produtor de cana do país ainda tinha uma moagem acumulada até meados do mês inferior à verificada até o mesmo período do ano passado. 

Até 15 de agosto deste ano, São Paulo havia processado 190,67 milhões de toneladas, contra 203,11 milhões de toneladas contabilizadas no mesmo período de 2014. E se a segunda metade da safra for chuvosa, esta defasagem poderá ser maior ainda.
De acordo com Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar), é até possível que a safra 2015/16 atinja próximo de 590 milhões de toneladas ou pelo menos fique perto do patamar registrado no ciclo passado, porque as condições climáticas verificadas até agora propiciaram uma maior oferta de cana. “Além disso, nos demais estados produtores do Centro-Sul (excetuando São Paulo) teremos de 13 a 15 milhões de toneladas de cana a mais.”
Já a pergunta que fica é se o estado de São Paulo terá condições de recuperar o atraso da moagem. Será que o clima vai ajudar?
Segundo Padua, já é possível prever que esta será uma safra longa. “A previsão de término é na segunda quinzena de dezembro para a grande maioria das empresas.” Além disso, ele assegura que vai ter uma boa sobra de cana em pé, o que significa que a próxima safra vai começar mais cedo.
Padua lembra que o atraso na moagem no estado de São Paulo deveu-se a alguns fatores: “primeiro as chuvas que caíram. E não se tinha uma expectativa de que haveria toda essa cana, o que levou muitas unidades a começarem a safra mais tarde.”


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