O setor refloresta São Paulo
21-09-2016

Cerca de 265 mil hectares serão recompostos com mata ciliar

Em 2007, com a assinatura do Protocolo Agroambiental, um dos compromissos do setor sucroenergético paulista foi recompor áreas verdes, só em relação a mata ciliar o total de área a ser recuperada é em torno de 265 mil hectares, sendo 77% em áreas de usinas e 23% em áreas de fornecedores.

Em 2013, no Estado de São Paulo, 5.180.349 hectares estiveram comprometidos com boas práticas agroambientais pelas usinas e associações de fornecedores signatárias do Protocolo. Essa área corresponde a 25,3% da área agricultável do Estado de São Paulo, de 20.504.107 hectares.

Verificou‐se que, ao longo do período analisado, houve um incremento de 1,21 milhão de hectares na área total compromissada pelas unidades agroindustriais, que incluem, além da área de cultivo de cana, as áreas ciliares, os parques industriais e as benfeitorias, representando 45% de
aumento em relação a 2007. Em relação às associações signatárias, o aumento foi de 17% a partir de 2009, ano em que seus Planos de Ação foram entregues e seus dados começaram a ser computados.

Segundo levantamento da vegetação original do Estado de São Paulo, feito pelo Instituto Florestal de São Paulo e divulgado em 17 de março de 2014, a área ocupada pela vegetação nativa do estado cresceu pela segunda década consecutiva e, ainda que retalhada em centenas de milhares de fragmentos menores que um campo de futebol, alcançou um espaço semelhante àquele pelo qual se espalhava no início dos anos de 1970.

Hoje, 4,34 milhões de hectares de campos e florestas em diferentes estágios de conservação – em especial, Mata Atlântica – cobrem o correspondente a 17,5% do território paulista. Até onde se sabe, essa área verde é praticamente a mesma que os 4,39 milhões de hectares que as florestas nativas ocupavam 40 anos atrás e maior que o registrado no início dos anos 2000, que foram 3,46 milhões de hectares de Mata Atlântica, Cerrado e manguezais.

Uma tendência foi detectada no estado nos últimos 20 anos, quando, possivelmente pela primeira vez desde o início da colonização do país pelos europeus, a vegetação nativa paulista deixou de encolher e passou a crescer.

Para que o Estado atingisse estes números, as unidades signatárias do Protocolo Agroambiental têm importante papel. Desde a assinatura do Protocolo, usinas e fornecedores de cana se comprometeram a proteger e recuperar 299.038 hectares de matas ciliares e mais de 9.300 áreas de nascentes. Destes números totais, as unidades agroindustriais assumiram recompor 233.046 hectares, e os fornecedores de cana, 65.992 hectares.

Um exemplo do esforço no atendimento ao Protocolo Agroambiental é a criação de viveiros de mudas nativas várias unidades. Esses viveiros fornecem mudas para projetos de restauração das próprias usinas, e em menor escala para parceiros agrícolas, fornecedores de cana e municípios vizinhos.
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