“O setor sai muito machucado da crise”
11-10-2016

A partir do final de 2015, uma luz surgiu no fim do túnel para o setor sucroenergético brasileiro. Era o início da melhoria da rentabilidade dos produtos advindos da cana-de-açúcar. Em 2016, depois de uma crise econômica e política aguda no país, parece que as coisas entram nos trilhos.

Apesar da melhoria da conjuntura, o setor sucroenergético “sai muito machucado da crise”, destaca Alexandre Figliolino, sócio da MB Agro Consultoria. “Mesmo assim já vemos players mais bem posicionados começando a querer se mexer e protagonizarem um tímido processo de consolidação.”

No entanto, o fato de ainda persistirem indefinições em relação ao etanol, além de inúmeras empresas atoladas em dívidas e com suas operações estraçalhadas, inibe sobremaneira um processo de crescimento mais forte, pelo menos no curto prazo. “Mas não tenho dúvida que o setor sai desta crise muito mais robusto do que entrou e todas evoluções tecnológicas em curso, a melhora significativa de gestão e processos que estamos vendo nas empresas com certeza farão com que, no médio e longo prazos, recuperemos nossa capacidade de crescer na plenitude”, pontua Figliolino.

Hoje, a rentabilidade do etanol é boa, mas não excepcional como a do açúcar. Infelizmente não serão todas as empresas do setor que poderão aproveitar este bom momento, por conta do alto endividamento e por não terem conseguido cuidar como deveriam dos canaviais, especialmente por conta das dificuldades financeiras.

Veja mais notícias na Revista CanaOnline, visualize no site ou baixe grátis o aplicativo para tablets e smartphones – www.canaonline.com.br.