“O sphenophorus teve uma proporção de danos que nunca vimos antes”
14-05-2015

Comentário de Paulo Rodrigues, produtor de cana-de-açúcar em Guariba, SP, ao falar sobre a alta incidência da praga registrada nos canaviais da região em 2014. “Num ano de grande déficit hídrico, o sphenophorus talvez tenha assumido uma proporção de danos que nunca vimos antes. Quem disse que não encontrou sphenophorus é porque não procurou.”

Segundo ele, a praga veio num “pacote” indesejado de problemas que afetou a cultura canavieira no ano passado no estado de São Paulo. O sphenophorus fez parte de um complexo de pragas e doenças bastante significativo que atingiu o canavial.

Rodrigues destaca que a estiagem do último ano foi bastante severa e prolongada, se estendendo de janeiro a novembro de 2014. Depois o déficit hídrico voltou em janeiro de 2015.
Outro problema que verifica é o envelhecimento dos canaviais. “Depois dessa combinação de coisas negativas – canavial velho, pouca chuva, doenças e pragas -, o que se percebe é que o canavial está pior. Tem menos colmo por metro.”

Ele não acredita que as chuvas que caíram a partir de fevereiro recuperem os canaviais que sofreram no ano passado com esse bombardeio de problemas. “Minha previsão é de termos menos cana nesse ano, especialmente as canas de início de safra.”

Segundo ele, as áreas de cana que colheu nas primeiras semanas do ciclo 2015/16 estão com qualidade de matéria-prima bem ruim.

A esperança é quanto às canas a serem colhidas mais para o final da safra. “Tem cana que hoje está melhor do que quando moemos no ano passado. Acredito que o final da safra possa ser melhor do que em 2014. Mas em relação à estimativa, é baixa ainda.” Para ele, se correr tudo bem, deve se repetir a produção do ano passado, mas com qualidade pior.

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