Oferta de créditos para meta de 2020 do RenovaBio está garantida, diz MME
07-02-2020

Os produtores de biocombustíveis certificados para participarem do programa federal RenovaBio e os que estão em processo de certificação até o momento já serão capazes de ofertar toda a quantidade de Créditos de Descarbonização (CBios) que as distribuidoras de combustíveis serão obrigadas a comprar neste ano para cumprirem com suas metas de redução de emissões, afirmou ao Valor Miguel Ivan Lacerda, diretor do Departamento de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME).

As distribuidoras terão que adquirir, no total, 28,7 milhões de CBios neste ano, de acordo com meta definida pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Cada CBio equivale a 1 tonelada equivalente de gás carbônico cuja emissão foi evitada através do uso do uso de um biocombustível no lugar de um combustível fóssil. A individualização das metas para cada companhia de distribuição será concluída pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 31 de março.

De acordo com informações atualizadas pela ANP hoje, foram certificadas até o momento 19 usinas produtoras de biocombustíveis, sendo oito produtoras de biodiesel e 11 de etanol de cana-de-açúcar.

Dentre as usinas sucroalcooleiras certificadas até o momento, há unidades de grandes companhias, como do Grupo São Martinho e da Atvos --- da Odebrecht, que está em recuperação judicial separada da controladora. Dentre os produtores de biodiesel, há unidades da JBS e da BSBios --- joint venture entre a Petrobras e a ECB Group.

A certificação define quantos CBios o produtor de biocombustível poderá emitir no mercado por quantidade de biocombustível vendida. Entre os certificados até o momento, já foram emitidos 48.521 "pré-CBios" --- títulos relacionados a vendas de biocombustíveis que já foram realizadas, que agora poderão ser escriturados por agentes financeiros e negociadas em mercado de balcão.

Em processo de certificação, há 188 usinas que estão realizando ou já encerraram consultas públicas de certificação, segundo o MME.

Fonte: Valor Econômico
Texto extraído do clipping do SCA