Onde está o ganho de eficiência energética prometido pelo Inovar-Auto?
14-09-2015

Por enquanto, está apenas na promessa. Criado pela Lei 12.715/2012, o programa visa estimular a concorrência e a busca de ganhos sistêmicos de eficiência e aumento de produtividade da cadeia automotiva, das etapas de fabricação até a rede de serviços tecnológicos e de comercialização.

O avanço das pesquisas no âmbito do Inovar-Auto poderia resultar no ganho de eficiência energética dos motores flex quando abastecidos a etanol, em comparação com a gasolina. Assim, a desvantagem energética do etanol, que hoje é de cerca de 70% em relação à gasolina, poderia diminuir.

Mas a referida lei foi criada em 2012. Por que até agora o Inovar-Auto não trouxe avanços efetivos da eficiência energética dos motores? Para o secretário de Energia do estado de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles, a morosidade deve-se a alguns fatores, como à crise enfrentada pelo setor automobilístico.

“Desde o ano passado temos queda na produção e encalhe de veículos. Agora estamos discutindo com os fabricantes, não de automóveis, mas de componentes, sobretudo daqueles que fazem os equipamentos de leitura de combustíveis.”
Para ele, o Inovar-auto está dando alguns estímulos, “mas entendemos que ainda são pequenos. Estamos tratando disso com a Anfavea, com o Sindpeças e com o governo federal”.
Segundo Meirelles, o grande desafio é ter motores melhores. “No estado de SP, fomos praticamente os criadores do carro flex. Em 2003/04, quando o governador Geraldo Alckmin foi reeleito, em 2002, criamos um programa para viabilizar o carro flex. Que saísse da indústria a opção de veículo que pudesse circular movido tanto a etanol como a gasolina. Mas estamos com o mesmo motor que tínhamos doze, treze anos atrás.”


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