Organominerais suprem adequadamente as necessidades da cana-de-açúcar, podendo substituir completamente os fertilizantes minerais

14-12-2023

Estudo liderado pelo professor Carlos Alexandre Costa Crusciol indicou ainda alta eficiência dos fertilizantes organominerais na produtividade de colmos e de açúcar na cana-planta

Por Leonardo Ruiz

Grande parte dos canaviais brasileiros está localizada em ambientes restritivos, caracterizados por solos pobres em matéria orgânica (MO). E a intensa mecanização da colheita é um agravante, pois ela impede o acúmulo dessa substância pelo alto fluxo de ciclagem. Dessa forma, o uso de fontes que contenham uma matriz orgânica surge como uma alternativa extremamente viável para atenuar esse problema, uma vez que elas serão capazes de aumentar a eficiência de uso dos fertilizantes minerais e, principalmente, a atividade microbiana do solo.

Em alta no mercado nacional, os fertilizantes organominerais estão entre as tecnologias que mais se enquadram nesse contexto.  Resultante da combinação de matrizes orgânicas e minerais, essa ferramenta atua na melhoria das condições do solo e na redução de perdas de nutrientes, acarretando grandes benefícios na produtividade agrícola dos canaviais.

Na visão do Professor Titular na Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu (FCA/UNESP Botucatu), Carlos Alexandre Costa Crusciol, o aumento da qualidade do processo produtivo dos fertilizantes organominerais, aliado a uma maior quantidade de dados positivos extraídos de campos experimentais e comerciais, elevaram a aceitação e adoção dessa tecnologia nos últimos anos.

No entanto, ele observou que a literatura não oferecia estudos de maior durabilidade na cultura da cana-de-açúcar. Os poucos experimentos avaliavam, basicamente, o desempenho dos organominerais em cana-planta. “Pensando nisso, iniciamos um estudo para observar o efeito residual da adubação organomineral em soqueiras, estabelecendo parâmetros científicos que poderiam impulsionar e justificar seu uso. O objetivo principal foi avaliar o desempenho agronômico e econômico da cana-planta à primeira soca e a influência do efeito residual de P e K nos perfis superficiais e subsuperficiais sob fertilização mineral e organomineral.”

Professor Carlos Alexandre Costa Crusciol conduziu um estudo para avaliar o efeito residual da adubação organomineral em soqueiras, estabelecendo parâmetros científicos que poderiam impulsionar e justificar seu uso

Foto: Banco de dados internet

De forma sumarizada, o estudo concluiu que o fertilizante organomineral supriu adequadamente as necessidades da cana-de-açúcar, podendo substituir completamente o fertilizante mineral. Foi constatado também que a eficiência do fertilizante organomineral na produtividade de colmos e de açúcar foi mais acentuada na cana-planta (96% e 113%) na comparação com o fertilizante mineral, respectivamente. Uma última observação mostrou ainda que o fertilizante organomineral foi, em média, 12% mais economicamente viável na cana-planta e 7% na somatória das duas safras.

Para o especialista em cana-de-açúcar da Brasfertil, Homero Moreschi, números como esses atestam a maior lucratividade por hectare proporcionada pelos fertilizantes organominerais. “Os OM não apenas protegem o Super Triplo, o Sulfato de Amônio e o KCL (cloreto de potássio), como também aumentam a capacidade de reserva do solo e equilibram a quantidade de nutrientes livres que passam para a solução do solo, potencializando a absorção pelas raízes. Tudo isso impacta grandemente na produtividade agrícola daquele canavial e na rentabilidade do negócio.”

Com um processo industrial pioneiro, sustentável e de alto padrão tecnológico, a Brasfertil é uma das líderes de mercado no fornecimento de fertilizantes organominerais para as mais diversas culturas, entre elas, a cana-de-açúcar. A empresa alia inovação e biotecnologia para desenvolver complexos húmicos que levam à potencialização e eficiência dos nutrientes, melhorando as propriedades químicas, físicas e biológicas dos solos e garantindo o melhor desenvolvimento das plantas.

Tecnologia de organominerais avança, e já auxilia setor na obtenção de melhores margens

O setor sucroenergético nacional conta com diversos subprodutos oriundos da sua indústria e que são reutilizados na lavoura, como torta de filtro, vinhaça e cinzas das caldeiras. Há, porém, uma certa limitação de seu uso por motivos logísticos e, na maioria dos casos, pela oferta insuficiente. Diante disso, a aplicação de fertilizantes organominerais se mostra como uma alternativa bastante interessante, visto que é possível obter fórmulas com concentrações adequadas para todas as fases da cultura. Dessa forma, além de incrementar a produtividade agrícola dos canaviais, essa tecnologia aumenta a eficiência operacional das empresas, com ganhos na logística, transporte e aplicação no campo.

O Professor Titular na Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu (FCA/UNESP Botucatu), Carlos Alexandre Costa Crusciol, destaca que a cadeia produtiva de fertilizantes organominerais evoluiu muitos nos últimos anos, fato que tem auxiliado na popularização da tecnologia. “Hoje temos fábricas modernas, uso de matrizes orgânicas de alta reatividade e processos industriais que permitem granular o fertilizante com alta tecnologia embutida. Avanços como esses levaram a quebras de preconceitos e paradigmas.”

Pellets de organominerais da Brasfertil possuem doses equilibradas de 15 nutrientes, entre macronutrientes secundários e micronutrientes

Foto: Divulgação Brasfertil

Segundo ele, até mesmo a questão da aplicabilidade - considerada um gargalo da tecnologia - vem sendo corrigida. “As fabricantes passaram de um composto farelado para produtos 100% granulados ou até mesmo peletizados. Essa mudança está levando o segmento a olhar para os organominerais com outros olhos”, acredita Crusciol.

Com mais de duas décadas de experiência, a Brasfertil coloca no mercado organominerais que se destacam por sua forma peletizada, que garante que todos os nutrientes presentes na fórmula sejam liberados de forma constante, gradativa e homogênea no campo. “Nossos pellets de OM possuem doses equilibradas de 15 nutrientes, entre macronutrientes secundários e micronutrientes, seguindo à risca a Lei do Mínimo, que entende que o excesso de determinado nutriente não supre a falta de outro, ou seja, a produção de uma cultura é limitada pelo nutriente em menor disponibilidade no solo, mesmo que todos os outros estejam abundantemente presentes.”

Comparativo entre fertilizantes

Fonte: Brasfertil

Com diversos campos demonstrativos espalhados pelo país e com áreas comerciais em várias usinas e agrícolas do Centro-Sul, a Brasfertil vem devolvendo a vida aos canaviais brasileiros e, consequentemente, melhorando as margens do negócio. Para conhecer mais sobre as tecnologias da empresa, acesse www.brasfertil.agr.br.