Os entraves do Etanol 2G
19-08-2015

Segundo os especialistas, a consolidação do etanol de segunda geração é estratégica para o setor sucroenergético brasileiro. O país ganhou sua primeira planta do 2G em Alagoas, situada na cidade de São Miguel dos Campos. Um projeto da GranBio, empresa de biotecnologia fundada pela família Gradin que promete em breve instalar plantas semelhantes em outras regiões do país. 

Em julho foi oficialmente inaugurada a primeira planta de etanol 2G da Raízen, anexa à unidade Costa Pinto, em Piracicaba, com capacidade de produção de 40 milhões de litros do biocombustível por ano. Depois desta primeira planta de 2G, a maior companhia sucroenergética do país prevê instalar outras sete unidades até 2024, todas próximas às usinas de etanol de primeira geração já existentes.
Apesar de parecer um negócio promissor, com condições de catapultar a produção nacional do biocombustível sem exigir grandes plantios de canaviais – como aconteceu com o etanol de primeira geração na década passada -, a consolidação e a expansão da tecnologia 2G não deverá ter um caminho tão simples.
Quem entende do assunto afirma que, para apostar nesta via, é preciso ter muita “bala na agulha”. É que o investimento na construção de uma usina de etanol 2G (base 2,5 milhões de toneladas processadas) gira em torno de US$ 165,00 por tonelada, com rendimento entre 5 e 6 litros por tonelada de bagaço. Já no processo do etanol de primeira geração, o custo está em cerca de US$ 55 dólares por tonelada, com rendimento de 75 litros por tonelada.
Porém, há expectativa que os custos de processamento do Etanol 2G caiam até 2016, devido à maior expertise na produção em escala. Estimativas apontam que, em três anos, esse processo deve ficar cinco vezes mais barato. Nada como o tempo...

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