Os ganhos com aplicação com taxa variável

26-04-2016

O mapeamento do solo georreferenciado é um caminho sem volta

Um dos defensores da tecnologia de precisão é o produtor e presidente da Sulcanas (Associação dos Fornecedores de Cana-de-Açúcar Sul-mato-grossense), Luís Alberto Moraes Novaes, que, além de cana-de-açúcar, também produz soja e pecuária em sua propriedade. “O principal diferencial que temos hoje é a diversificação e a integração entre as culturas, que possuem uma sinergia agronômica bastante grande, o que tem ajudado a elevar as produtividades, não só da cana, mas da soja também.”

Novaes afirma que, atualmente, realiza aplicação em taxa variável em 100% da sua área. “É natural que um solo possua uma variação muito grande em suas características. Os monitores de produtividades das colhedoras de soja mostram isso com clareza, pois temos diferenças enormes de produtividade dentro de um mesmo talhão, que pensávamos estar todo corrigido. Por isso, essa técnica é tão importante, pois possibilita melhor condução da lavoura, já que iremos fazer a aplicação de corretivos e adubos de acordo com a fertilidade existente no momento.”

Ao longo dos 750 hectares de sua propriedade, Novaes utiliza quadriciclos para a realização das amostragens, feitas em grids de quatro hectares. “Após as análises, é obtido um mapa de recomendação de correção de solo que é enviado para o GPS da adubadora, que irá realizar a aplicação.”

Fornecedor da Usina Rio Brilhante, da Biosev, o agricultor e presidente da Sulcanas recomenda que esse processo seja adotado por todos os produtores canavieiros. “O mapeamento do solo georreferenciado é um caminho sem volta. Quando a pessoa conhece o grau de variação de fertilidade dentro de um único talhão, ela rapidamente parte para esse tipo de ação. Embora o investimento seja um pouco alto, o resultado final será satisfatório, pois o produtor contará com um solo mais uniformizado que, consequentemente, elevará as produtividades médias”, afirma Novaes.
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