Os impactos da palha na indústria exigem aperfeiçoamento e paciência, como foi com o carro a álcool
20-08-2015

Segundo o engenheiro mecânico José Campanari Neto, da MEC Projetos, todo circuito de manuseio de bagaço de cana está dimensionado apenas para o bagaço. “Quando colocamos um combustível adicional, como a palha de cana picada, reduz densidade, interferindo no dimensionamento dos transportadores, na descarga entre o transportador e outro, na alimentação do combustível, nas caldeiras. Vários pontos têm que ser modificado. Há uma série de itens que estamos desenvolvendo a técnica ainda.”
Para Campanari, o processo de adequação da agroindústria canavieira à palha pode ser comparado, de maneira geral, à trajetória que transformou o carro movido a álcool em realidade. “Para se ter um carro a etanol, de início simplesmente encheram um tanque do combustível e foram andando. Foi dando pau pra todo lado, aí foram corrigindo até chegar à tecnologia que temos hoje”, compara Campanari.
Segundo ele, hoje na indústria sucroenergética ocorre a mesma coisa. “Está se inserindo na indústria um combustível adicional, o que ocasiona uma série de problemas por onde o combustível passa. Mas esses problemas têm soluções, mas que têm de ser corrigidas ao longo do tempo. Com isso a técnica vai sendo desenvolvida”, pontua Campanari.


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