Os malefícios do excesso de espuma na produção de etanol de cana
16-05-2024
Perda de material, dificuldade na operação do processo e até a parada da moagem. Mas é possível sanar este problema. Saiba como...
Marcia Mutton, Professora titular do Departamento de Tecnologia da FCAV-Unesp de Jaboticabal, SP, explica que além da significativa redução dos volumes das dornas de fermentação e tanques de açúcar líquido, a formação de espuma gera perdas de material (fermentação e açúcar líquido) e dificulta a condução da operação, por exemplo: no transporte de açúcar líquido. Já na seção de evaporação e cristalização, a espuma espessa diminui a velocidade de evaporação e cristalização da água, aumenta o consumo de energia e afeta os benefícios econômicos da fábrica de açúcar, o rendimento, a eficiência de produção e a qualidade do produto final.
Danilo Sidrão, especialista técnico na aplicação e desenvolvimento do segmento de bioetanol da Dow - empresa química norte-americana com atuação em 31 países, com 125 anos de existência e com fábrica no Brasil desde a década de 1970 -, salienta que a espuma pode até mesmo parar o processo de fermentação e, com isso, a indústria. "Se a formação de espuma não for controlada, a fermentação será interrompida e será necessário parar a usina. Isso ocorre devido ao transbordamento de espuma das dornas. Embora as unidades modernas possuam dornas com capacidade superior a 1 milhão de litros, muitas instalações têm dornas menores, tornando crucial reduzir o volume de espuma para maximizar o espaço de tanque disponível para operações."
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