Os melhores preços do açúcar e etanol animam o setor sucroenergético
26-01-2016
Em 12 meses, o preço do açúcar cristal no mercado interno aumentou 50%
Os melhores preços do açúcar e etanol animam o setor sucroenergético. Em 12 meses, o preço do açúcar cristal no mercado interno aumentou 50%, atingindo o maior patamar desde a safra 2012/13. Na última sexta-feira, os preços do açúcar cristal se mantiveram valorizados em São Paulo. A commodity foi cotada a R$ 84,74, uma alta de 0,17% em relação ao dia anterior, segundo o Cepea/Esalq, da USP.
No mercado externo, a previsão de que a produção brasileira de açúcar na safra 2015/16 será 2,7% menor, ficando em 34,6 milhões de toneladas, estimada pela Conab, aliada ao aumento em 100% da previsão de déficit mundial de açúcar pela consultoria Czarnikow, passando de 4,1 milhões de toneladas para 8,2 milhões de toneladas, dá sustentação aos preços da commodity.
Na bolsa de Nova York, na tela março/16, a commodity subiu 27 pontos e foi cotada a 14,45 centavos de dólar por libra-peso. No vencimento maio/16, a alta foi de 25 pontos e na tela junho/16, de 24 pontos.
A bolsa londrina também registrou valorização na última sexta-feira. No vencimento março/16, o açúcar foi vendido a US$ 427,20 a tonelada, aumento de 9,40 dólares na comparação com a cotação anterior. Nos lotes maio/16 a março/17, a alta oscilou de 5,80 a 8,10 dólares.
Segundo analistas, os fundamentos voltaram a chamar a atenção dos investidores. A China informou que importou em dezembro 500 mil toneladas, alta de 39% ante o mesmo mês do ano anterior. O país deve ter na safra atual uma de suas piores produções da história, com um déficit de 6 milhões de toneladas. As consultorias têm reforçado seus cálculos de déficit de oferta global nesta temporada.
Nos últimos dias, o preço do etanol hidratado apresenta uma pequena freada, mas continua valorizado, o preço do metro cúbico está em média R$ 1.795,50. E o aumento de preços futuros do etanol para a safra 2016/2017 delineia um cenário positivo para os produtores do biocombustível brasileiro, após temporadas consecutivas de dificuldades financeiras, avalia o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo.
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