Os passos para a obtenção da cana-soca com alta produtividade por mais tempo
01-12-2015

Para garantir que a soqueira tenha maior produtividade por mais anos, segundo o pesquisador científico da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, André Cesar Vitti, primeiramente deve-se conhecer o ambiente onde a cultura será instalada, para, após isso, decidir qual variedade será alocada naquela região. Em ambientes mais restritivos, por exemplo, é necessária uma variedade mais rústica, já em ambientes melhores, uma variedade mais exigente irá responder mais, aumentando assim sua produtividade. “Um dos fatores que devem ser levados em conta é o tipo de solo, pois dependendo dele, há mais ou menos compactação, o que interfere muito na questão de desenvolvimento do sistema radicular e na rebrota da cana.”

O clima e o déficit hídrico de um solo também são fatores decisivos na hora do plantio, já que quanto mais seco o clima, maior tem que ser a preocupação com a capacidade que um solo tem de armazenar água. “Podemos citar como exemplo o plantio em um nitosolo que possui uma capacidade de água disponível de 120 a 160 litros por m³ de solo. Nele podem-se alocar variedades mais tardias. Já em latosolos com textura mediana, onde a quantidade de água disponível gira em torno de 40 litros por m³ de solo, é importante utilizar variedades mais precoces ou medianas, no sentido de antecipar a safra.”

A época de plantio é outra importante característica em um ambiente de produção. Vitti aponta que, se a cana-de-açúcar for plantada em janeiro em um latosolo de textura arenosa, por exemplo, ela vai se desenvolver demais, produzindo muito fitomassa, o que fará com que ela sofra um stress hídrico, estando sujeita a perda de produtividade. “Já nos solos que possuem melhores condições de armazenamento e disponibilidade de água, a margem em termos de tempo de plantio é maior”, completa.

Após escolhida a variedade, Vitti afirma que o ideal é não pensar na economia de insumos, já que é vital a preparação de uma base de sustentação para a cultura. “Isso ocorre porque, às vezes, a aplicação de um corretivo na soqueira não é tão eficaz quanto o feito na época do preparo do solo. Por isso, é importante fazer um bom planejamento para tentar buscar a eficiência do uso desses corretivos.”Segundo ele, a utilização desses corretivos na hora do preparo do solo promoverá uma melhor eficiência dos fertilizantes futuramente. “Eu não posso, por exemplo, aplicar uma fonte fosfatada num solo que não foi corrigido.”

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