Os primeiros projetos no setor sucroenergético com cana-energia
28-08-2015

A unidade Rio Claro, da Odebrecht Agroindustrial, que fica em Caçú, GO, está a 90 quilômetros de distância da Caramuru Alimentos, em São Simão, e o desenvolvimento do projeto de cana-energia pela Caramuru chamou a atenção de Fabiano Zillo, Diretor da Área Agrícola, ainda mais quando foram procurados para comprar caldo de cana que seria extraído pela Caramuru. “Quisemos saber mais sobre o assunto e nos pareceu muito interessante”, diz Zillo.

A conversa deu resultado, na safra passada, segundo Luís Cláudio Rúbio, um dos sócios da Vignis, a Rio Claro moeu 35 mil toneladas de cana-energia como teste. “Ficaram muito satisfeitos e fechamos contrato. Implantamos os viveiros, em 2016 plantamos o canavial para a produção de 800 mil toneladas e em 2017 a Rio Claro passa a moer a cana-energia em escala comercial.

Para Fabiano Zillo, a cana-energia representa quebra de paradigma no setor. Ao possibilitar o uso de variedades específicas para a produção de energia e com maior produtividade, propagação mais fácil, boa adaptação em solos restritivos e maior longevidade, que pode chegar a 10 cortes. “Como estamos no começo, ainda não conferimos a questão da longevidade, mas os demais itens batem com a proposta apresentada pela Vignis. Estamos em uma região com solos de menor fertilidade e déficit hídrico e a cana-energia é mais resistente, atendendo nossa necessidade”, diz Zillo. A Odebrecht utilizará a cana-energia para a produção de energia elétrica e não etanol de 2ª geração, e, nesta safra, irá comprar o caldo de cana da Caramuru para produzir etanol de 1 ª geração.

Nas terras da Odebrecht já foram plantados 160 hectares para formação de viveiros, dois deles na Unidade de Morro Vermelho, em Mineiros, GO, a meta é chegar a 3300 hectares nos próximos três anos. Nesses viveiros, a Vignis, irá plantar 30 variedades e selecionar de 5 a 10 variedades que apresentarem o melhor desempenho na região. A proposta é que a cana-energia venha a responder por 10 a 15% da produção total da Rio Claro, que nesta safra, tem previsão de moagem der 3,25 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.


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