Outubro foi de alta aos combustíveis
01-11-2016

Outubro encerrou frustrando as expectativas do consumidor em relação a uma baixa no valor de bomba dos combustíveis. Tanto o litro do etanol hidratado quanto o da gasolina sofreu ajuste nas últimas semanas do mês. Mesmo acumulando alta de quase 3% nas últimas quatro semanas, o derivado da cana comercializado em Mato Grosso segue como o litro mais barato do país, R$ 2,51, à frente do registrado na média do estado de São Paulo, R$ 2,62, conforme nova atualização da pesquisa semanal de preços feita pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Mato Grosso segue também como o único Estado do país onde o etanol se mantém competitivo em relação ao preço de bomba da gasolina. Nos demais estados e no Distrito Federal, a gasolina se mantém mais competitiva. Considerando o valor médio de bomba do etanol em R$ 2,51 e o valor médio do litro da gasolina, R$ 3,71, o valor do etanol equivale a 67% do da gasolina. Em São Paulo, principal consumidor, a paridade é de 75,34%. A relação é favorável ao biocombustível quando está abaixo de 70%.

O etanol hidratado foi, entre os dois combustíveis, o que registrou a maior alta em quatro semanas, 2,86%, ao ter o preço médio em Mato Grosso corrigido de R$ 2,44 o litro para R$ 2,51. Na gasolina, os preços médios passaram de R$ 3,69 para R$ 3,71 e o combustível comercializado no Estado está entre os 12 que aumentaram após o anúncio da nova política da Petrobras que reduziu o valor do combustível na refinaria em 3,2% no dia 14. Até então, a expectativa era de uma baixa de cerca de R$ 0,05 nas bombas, o que ainda não se concretizou.

A pesquisa da ANP mostra que os preços pagos pelas distribuidoras também sofreram reajustes durante o mês de outubro. No caso do litro do etanol, o preço médio pago pelas empresas passou de R$ 2,12 para R$ 2,23. No repasse da gasolina, a correção às distribuidoras fez o preço médio pago no Estado passar de R$ 3,20 para R$ 3,23. Essa movimentação observada pela ANP revela que a cadeia que antecede a chegada do litro na bomba ao consumidor passou por reajustes.

O Sindicato de Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Estado de Mato Grosso (Sindipetróleo/MT), pondera que apesar de cada revenda (posto) ter sua própria planilha de custos e, portanto, critérios diferenciados na hora de compor suas margens, o segmento espera a chegada de preços mais baixos, na gasolina, para que possa haver repasses ao consumidor, dentro da capacidade de cada estabelecimento.

O Sindicato faz questão de ressaltar que o mercado é livre para definir seus preços e que o tamanho da redução vai variar de estabelecimento para estabelecimento, pois as empresas trabalham com distribuidoras diferentes e cada posto tem um custo próprio.


Gasolina

Os preços do litro nos postos voltaram a subir em 12 estados na semana passada. São Paulo, com a maior frota do País, registrou novo aumento no derivado de petróleo, de R$ 3,47 para R$ 3,48 por litro, e deixou de ter o produto mais barato do Brasil. Essa posição, agora, é ocupada pelo Distrito Federal, que na última semana viu a gasolina cair de R$ 3,558 para R$ 3,465 por litro.

Em nível nacional, o preço da gasolina subiu em 12 estados, caiu em outros 12 e no Distrito Feral e não se alterou em Santa Catarina e Pará. O litro mais caro é observado no Acre, a R$ 4,117. Na média Brasil, a gasolina ficou praticamente estável na semana passada na comparação com a anterior, oscilando de R$ 3,671 para R$ 3,669 por litro.


Etanol

Os preços do etanol hidratado nos postos subiram em 17 estados e no Distrito Federal, caíram em outros oito e não se alteraram no Amapá na semana passada. No período de um mês, o biocombustível subiu em 20 estados e no Distrito Federal e caiu em seis.

Marianna Peres