Palestras, debates e trocas de informações marcam o 4º GSETI
29-10-2015

Cerca de 80 representantes dos principais grupos do setor sucroenergético e dos setores petroquímico e químico, participaram na última sexta-feira, dia 2, do 4º Encontro do Grupo Setorial de Estudos Técnicos da Integridade (GSETI), que neste ano foi realizado no auditório do Centro Empresarial Zanini, em Sertãozinho.

Coordenado pela Welding, o encontro registrou recorde de inscrições e foi totalmente voltado para questões técnicas. Dez palestrantes se revezaram nas apresentações que ocorreram durante todo o dia, o evento ainda contou com roda de debates e discussões de problemas técnicos.

“O crescimento mostra a lisura deste grupo. Apesar da crise, conseguimos manter um nível de palestras muito bom. A tendência é que no próximo encontro teremos ainda mais participantes e outras novidades”, disse Benedito Campanha, coordenador do GSETI.

Presença certa em diversas reuniões do grupo, o engenheiro mecânico da Petrobras, Guilherme Donato, destacou a importância de um crescimento sólido. “A cada edição percebemos que está melhorando, não só no número de pessoas, mas também a troca de informações e na participação dos convidados. A verdade é que o grupo está crescendo muito bem estruturado”, declarou.

O engenheiro José Campanari Neto, usou a oportunidade para falar sobre a vida útil das caldeiras após as alterações que ocorreram no bagaço da cana com a mecanização do corte. “Hoje existe muita substituição de componentes, porém o projeto original da caldeira segue inalterado, isso acaba não resolvendo o problema, a solução é a modificação do projeto”, afirmou.

Graduado em Engenharia Química e com experiência no setor sucroenergético desde 1991, Fabiano Silvestrini, do Grupo Tonon, destacou a importância da implantação do sistema de combate ao incêndio nos tanques de etanol. “É um assunto delicado, pois ainda têm muitas usinas que não possui este sistema. Na maioria dos casos sabemos do risco e não procuramos mudar, a intenção é conscientizar todos”, disse.

Márcio Perticarrari, coordenador do GSETI, destacou a crescente preocupação por parte das unidades com a questão de integridade. “Os problemas são muitos. Entretanto, a NR-13 veio para ajudar nesta questão de integridade, já que existe penalidades em caso de não adequação. Não estamos no nível de preocupação ideal, mas há uma evolução considerável”, declarou.

Os participantes aprovaram o encontro. “É a primeira vez que participo e saio satisfeito. A troca de experiências é incrível”, declarou José Carlos Ferreira, supervisor de manutenção da Usina Onda Verde.

“Não tem como ficar de fora, o grupo é muito interessante, são debatidos problemas que você tem na unidade e nem imagina que a solução está tão perto”, declarou Luis Ricardo Mariano, supervisor de PCM da Renuka.

Uma das novidades do 4º Encontro do GSETI foi a participação de estudantes de engenharia da UFScar e USP de São Carlos. No total, foram disponibilizadas 10 fichas de inscrições para que os alunos participassem dos debates.

Outra novidade foi um curso de introdução a metodologia Risk Based Inspection (RBI), ministrado no sábado (3) pelo engenheiro mecânico Guilherme Donato. “Fizemos uma demonstração de como calcular o risco associado a eventos de falha de equipamentos de maneira teórica e depois realizamos um exemplo de aplicação em uma tubulação”, revelou Donato.

Aparecida Garcez Fortes da Abengoa Bioenergia Brasil participou do curso e aprovou a novidade. “A RBI é uma ferramenta muito importante para as unidades, mas ainda não existe nenhuma usina no Brasil com esta metodologia. O curso foi importante para nos auxiliar neste processo de implantação”, declarou.

Para a próxima edição os organizadores estudam a possibilidade de realizar um concurso de cases. A intenção é ajudar na fomentação dos temas e solução de problemas. “Geralmente a pessoa participa e demonstra seu exemplo e nem todos têm a oportunidade de conseguir este material. Com o prêmio por melhor case apresentado, os relatórios estarão no próprio site do grupo. A ideia do GSETI é pulverizar informação, quem não estiver a fim de compartilhar não deve participar do GSETI”, concluiu Benedito Campanha.