Para onde vão os investimentos do setor sucroenergético em 2020
16-01-2020

Área de produção de etanol é uma das contempladas com mais investimentos
Área de produção de etanol é uma das contempladas com mais investimentos

Área agrícola, de produção de etanol e eficiência energética devem concentrar os investimentos

Mayra Theis, sócia da área tributária e especialista em Agribusiness da PwC, comenta que o ano de 2019 foi de ajustes com o início do novo governo, houve aprovação da reforma da Previdência, ainda que sem a adesão dos Estados, redução da taxa básica de juros ao menor patamar histórico e indícios de retomada do crescimento econômico. “Nesse cenário, a expectativa para 2020 é de aumento da atividade econômica que deverá se refletir no setor sucroenergético. A moagem de cana da safra 2019/20 deverá crescer aproximadamente 3% em relação ao período anterior na região Centro-Sul, segundo UNICA. Em razão do RenovaBio é esperada maior demanda por etanol e a agência de classificação de riscos Moody´s alterou a perspectiva da indústria de açúcar e etanol do Brasil de negativa para estável. Toda essa conjuntura deve favorecer para uma retomada do setor no país”, analisa. 

Mayra observa que a sustentabilidade da produção de etanol depende da gestão no manejo agrícola e das condições climáticas da safra, sendo a idade média dos canaviais um dos fatores críticos para a produtividade. Segundo a Unica, a idade média dos canaviais se mantém estável em 3,7 anos e a meta é chegar a 3,2 anos. Para a safra 2020/21 é esperada uma taxa de renovação de 13,3 %, que continuará demandando investimentos na área agrícola.

Em outra frente, Mayra observa que a alta demanda por etanol nos últimos dois anos e perspectivas de crescimento têm direcionado as usinas para maior produção de etanol em detrimento de açúcar. “Em 2018, 70% dos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foram direcionados para expansão ou modernização industrial de forma ampla, ante-histórico de solicitação de maior número de financiamentos para os canaviais. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), 24 unidades estão ampliando sua capacidade de produção, além dos investimentos nas usinas de etanol de milho.”

 Em razão do RenovaBio é esperada maior demanda por etanol”, analisa Mayra

A especialista em Agribusiness da PwC salienta que em função do RenovaBio, a busca por melhor eficiência energética também deve gerar investimentos em infraestrutura e logística, já que tudo isso é fundamentado na sustentabilidade dos biocombustíveis e uma economia de baixo carbono.” Deverá se intensificar o uso das tecnologias digitais, gestão e controle de dados demandando novas habilidades dos colaboradores. Estamos iniciando a segunda década do século XXI e o Brasil precisa estar preparado para o desafio de atender a demanda global de alimentos e bioenergia.”

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