Pedra Agroindustrial compra usina São Fernando e vai desmontar a unidade industrial
30-03-2022

Usina São Fernando, um dos projetos mais modernos da última expansão canavieira, será desmontada
Usina São Fernando, um dos projetos mais modernos da última expansão canavieira, será desmontada

A São Fernando, localizada em de Dourados, MS, teve falência decretada em 2017 e já passou por várias tentativas de venda

Após quase cinco anos se arrastando em um processo de falência e passar por várias tentativas de venda, os credores da massa falida da Usina São Fernando, localizada em Dourados, MS, aceitaram a da Pedra Agroindustrial, que ainda não soltou nota oficial sobre a aquisição.

Em 2013, a São Fernando entrou em recuperação judicial. E quatro anos mais tarde teve sua falência decretada. Os credores da massa falida reuniram-se em assembleia, realizada nesta terça-feira, 29, para decidir se aceitavam uma das duas propostas de venda direta da unidade: a da Energética Santa Helena com a gestora Möbius Capital ou a da Pedra Agroindustrial.

Em ambos os casos, os credores encararam propostas que implicam em um corte de mais da metade da dívida da companhia, que passa de R$ 2 bilhões. Os principais credores são o BNDES e o Banco do Brasil, que financiaram em 2007 a construção da usina em Dourados (MS), de José Carlos Bumlai. Na época, a São Fernando foi considerada como uma das unidades sucroenergéticas mais modernas do setor.

A principal diferença entre as duas propostas é que a Santa Helena se propunha a reativar a São Fernando, já a Pedra Agroindustrial propôs pagar R$ 661 milhões, em 20 anos, para desmontar os equipamentos e máquinas da Usina São Fernando e levá-los a outras usinas.

A Pedra, que conta com três unidades no estado de São Paulo, adquiriu em janeiro de 2022, a planta da Usina Orbi Bioenergia localizada em Paranaíba, MS e que pertencia a Companhia Energia Renovável (Cern). A unidade foi renomeada como Cedro.

Pela proposta aceita, a Pedra Agroindustrial quitará os R$ 661 milhões em 20 parcelas anuais, com entrada e caução de R$ 10 milhões e mais 19 parcelas de R$ 20 milhões, que sofrerão reajuste de 5% ao ano. Assim, conforme cronograma apresentado, os depósitos começam com o valor de R$ 21 milhões e terminam na casa dos R$ 50,5 milhões.

Fonte: CanaOnline