Pellets de biomassa da cana passa a ser “negócio de peso”
18-03-2016

A Cosan Biomassa nasce com tecnologia brasileira e apoio da FINEP e voltada a um mercado mundial de US$ 4 Bilhões.

O uso da biomassa de cana para a produção de briquetes e pellets deixou de ser uma alternativa tímida e passará a ser um “negócio de peso”. Recentemente a Cosan, um dos maiores conglomerados de energia e infraestrutura do Brasil, divulgou que em conjunto com a japonesa Sumitomo Corporation, um dos maiores grupos econômicos do Japão, (26/02), em cerimônia na Embaixada Brasileira em Tóquio, a formação de uma joint venture que será a primeira empresa no mundo a produzir e comercializar pellets de biomassa produzidos a partir de palha e bagaço de cana-de-açúcar.

A tecnologia inédita criada pela Cosan usa exclusivamente resíduos de cana-de-açúcar para produzir pellets que podem substituir o carvão mineral, gás natural e óleo combustível na geração de energia elétrica e calor. Chamada de Cosan Biomassa, a nova empresa já possui uma planta de produção na região de Jaú, interior de São Paulo, com capacidade instalada de 175 mil toneladas de pellets por ano. O plano é expandir a produção para 2 milhões de toneladas até 2025, e para 8 milhões de toneladas no futuro, confirmadas as expectativas de retorno e a demanda potencial para este produto. A Cosan terá 80% e a Sumitomo 20% do capital da joint venture.
Diversos países já têm metas para geração de energia renovável e sustentável, entre eles Japão, Coreia do Sul e Inglaterra. Um estudo publicado pela Comissão Europeia no início deste ano revelou que o uso da biomassa é a maneira mais econômica de atingir as metas estabelecidas para redução de emissão. A perspectiva é que nos próximos cinco anos a demanda mundial por pellets de biomassa salte das 25 milhões de toneladas comercializadas hoje para aproximadamente 40 milhões. Atualmente, a matéria-prima predominante no setor é oriunda da madeira plantada na Europa, Estados Unidos e Canadá.

"O Japão deve importar entre dez e vinte milhões de toneladas de biomassa peletizada até 2030. Acreditamos que uma parcela relevante desta demanda será atendida pela biomassa de cana-de-açúcar disponível no Brasil. A produtividade da cana no Brasil e o fato de utilizarmos um resíduo como matéria-prima criam um diferencial de sustentabilidade único no mundo", afirma Yoshi Kusano, gerente geral de Biomassa da Sumitomo Corporation.

Com o aumento expressivo na demanda por biomassa sustentável, a cana-de-açúcar tem o potencial de suprir uma parcela crescente do mercado. Estima-se que há um potencial de cerca de 80 milhões de toneladas de pellets que poderiam ser geradas apenas pelo setor sucroalcooleiro no Brasil e que hoje ainda não é explorado - o montante equivale a três vezes o mercado mundial de biomassa peletizada. Apenas no estado de São Paulo este potencial chega a 45 milhões de toneladas de pellets.
Veja mais informações na revista Digital CanaOnline. No site www.canaonline.com.br você pode visualizar as edições da revista ou baixar grátis o pdf.
Mas se quiser ver a edição com muito mais interatividade ou tê-la à disposição no celular, baixe GRÁTIS o aplicativo CanaOnline para tablets e smartphones - Android ou IOS.