Pensando no pós 2015...
27-11-2015

Ao olhar para a economia brasileira, o sinal de alerta está ligado. “Vemos como está o pagamento de juros e com o déficit orçamento, a taxa real de juros e o câmbio. Esse é o mundo real do Brasil”, diz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio). Apesar dessa conjuntura, o cenário que se configura para o setor sucroenergético é positivo. “Depois de passarmos a viver o terror dos anos 2010, 11 e 12, voltamos a respirar de forma mais efetiva principalmente em 2015. E mais uma vez o setor mostra que tem uma resiliência espetacular”, diz.

Mas, segundo ele, é preciso lembrar aquela discussão de que o petróleo não vai terminar por falta de petróleo, assim como a Idade da Pedra não terminou por falta de pedras. “Estamos caminhando para campos de energia, dos mais diversos. Por outro lado, vislumbramos isso com a lógica de que nos próximos anos vamos viver um teto de produção de volume de açúcares totais absolutamente limitado. Sabemos que temos efetivamente um teto, que depende de certa variação de produtividade. Podemos tanto conseguir isso com o aumento de cana ou até uma certa redução de cana, mas com nível de ATR melhor. Nesse caso significaria ganhos de produtividade muito importantes”.
E cada um sonha com o que quiser. Um sonho atual do setor é a possibilidade real de a CIDE sobre a gasolina subir, diante da dificuldade de aprovação da CPMF. Esse já é um primeiro impacto importante no sonho que podemos ter. “Outro dado relevante deste momento é quando a gente vê a gasolina ser estagnada e o crescimento do etanol hidratado”, pontua Carvalho.

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