Pequeno produtor precisa de prazo maior para se adaptar às novas tecnologias de plantio
27-07-2015

Pequeno produtor precisa de prazo maior para se adaptar às novas tecnologias de plantio

Tomas de Aquino Pereira, presidente da Assovale (Associação Rural do Vale do Rio Pardo), está preocupado com o futuro do pequeno e médio produtor de cana-de-açúcar.
Segundo ele, a adoção por parte do governo de normativas regulamentadoras como a NR 31, que proíbe o produtor de plantar cana usando caminhão, carretas ou carroças, inviabiliza no negócio cerca de 98% dos fornecedores de cana que estão abaixo de 20 mil toneladas de produção. “Os grandes conseguem buscar novas alternativas com maior velocidade, mas os pequenos tenderão a arrendar suas áreas. Essa canetada vai tirar esse agricultor do campo.”
De acordo com Pereira, novas tecnologias de plantio estão em fase de amadurecimento, como o plantio mecanizado e o MPB (Mudas Pré-brotadas), mas enquanto ainda não se consolidam e não estão acessíveis, o pequeno produtor fica limitado.
A princípio, a usina poderia ajudar esse produtor a realizar o plantio. Mas Pereira lembra que a própria unidade industrial tem pouco tempo para fazer essas operações nas suas próprias áreas, tendo dificuldades para acudir o pequeno produtor. “Diferente da colheita da cana, que ocorre de abril a dezembro, o plantio é rápido, praticamente entre março e abril. Por isso, seria importante o pequeno produtor dispor de uma alternativa viável para executar o seu plantio.”
Para ele, o governo precisa dar um prazo maior para que o pequeno se adapte. Em busca de uma solução para o problema, Pereira tem trabalhado junto a parlamentares do Congresso Nacional que defendem o agronegócio.
“Isso vai ajudar a manter o pequeno produtor de cana a se manter no campo com dignidade, sem ter que vender ou arrendar sua área”, diz Pereira, que defende que cada usina tenha uma porcentagem mínima de fornecedores como era estabelecido durante o IAA (Instituto do Açúcar e do Álcool).


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