Perspectiva de pequena recuperação do potencial produtivo do Nordeste na atual safra canavieira
23-11-2016

No Nordeste, a estimativa média de produção de cana-de-açúcar para o ciclo 2016/17 era de 51 milhões de toneladas, com índice de ATR de 125 kg/t e rendimento de 60 toneladas por hectare. Especificamente em Pernambuco, a safra começou com estimativa de moagem de 13,5 milhões de toneladas de cana.

Agora, com o transcorrer do período, é que será possível verificar se as previsões serão acertadas. Para Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar-PE, existe neste ciclo uma expectativa de reinício e pequena recuperação do potencial produtivo, em face das más condições climáticas da safra anterior. “Há cinco safras que as condições de clima são desfavoráveis na região, apenas na última entressafra que melhorou um pouco mais”, diz.
Apesar das dificuldades de se obter bons índices de produção, por conta da severidade do clima, Cunha enxerga com bons olhos o fato de os preços estarem melhor para os produtos do setor. “As estratégias surgem com o caixa melhorando. Se houver recuperação nessa atual moagem 2016/17, haverá um investimento mais robusto em tratos culturais e renovação, se os fluxos de caixa melhorar.”
“Agora estamos, tudo leva a crer, saindo da crise. No entanto, há compromissos represados e investimentos a serem feitos no canavial.”
Na região, segundo ele, os produtores de cana e usinas estão ante a um cenário razoável, com adequada perspectiva para o açúcar, cuja oferta está aquém, na atualidade, da demanda. “Contudo, o etanol tem preços que ainda não remuneram adequadamente.”

A torcida é para que, de fato, o clima colabore e a produção canavieira dos estados da região tenha uma recuperação.

Segundo Cunha, o mix de produção no Nordeste, na safra 2016/17, será de 48% para açúcar e 52% para etanol. Já em Pernambuco será de 52% para açúcar e 48% para etanol.

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