“Plantio de cana-tolete não fará parte do canavial do futuro”
03-06-2015

Paulo Roberto Artioli, diretor da Tecnocana, de Marituba, SP, desenvolve um projeto-piloto com plantio de vários tipos de MPB, pré-brotadas, em uma área irrigada com pivô. Ele queria saber mais sobre o potencial dessa tecnologia. E disse estar satisfeito com os primeiros resultados. Conta que as canas colhidas com 12 meses renderam 110 toneladas, as que foram colhidas com 14 meses, chegaram a 130 toneladas. A taxa média de multiplicação foi de um por oito.

O produtor ressalta que o plantio de cana-tolete não fará parte do canavial do futuro. “Lógico que a mudança não será de uma hora para outra, mas podemos dizer que a cana-tolete está com os anos contados. O sistema MPB vai promover várias alterações, começando pelo manejo. A evolução da mecanização no canavial começou pelo fim, pela colheita, esquecemos do plantio. E agora precisamos correr atrás. Continuar jogando essa quantidade absurda de cana nas linhas (média de 20 toneladas), manter essa estrutura enorme e custo altíssimo para a renovação do canavial não é viável economicamente. Mas para a expansão do plantio com mudas é preciso que haja evolução nas máquinas de plantio”, salienta Beto Artioli.

Luis Augusto Contin Silva, gerente do Processo Desenvolvimento Agrícola da Alta Mogiana, de São Joaquim da Barra, SP, unidade que já plantou 1.800 hectares com MPB, acredita que para a adoção em larga escala do plantio com mudas pré-brotadas faltam reduzir custo das mudas e automatizar o sistema de plantio. “Os equipamentos disponíveis para plantio (transplantadoras), apesar de algumas melhorias recentes, eles têm muito a avançar, principalmente na questão da automação.”

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