Política de incentivo e localização privilegiada aumentam o potencial da Tailândia em ser grande produtor de cana
14-11-2016

A Tailândia tem a expectativa de colher 91 milhões de toneladas de cana em 2016/17. Atualmente, apenas 10% da safra é completamente mecanizada

Na corrida entre os maiores produtores mundiais de açúcar, liderada pelo Brasil, a Tailândia começa a se destacar, e já aparece como segundo maior exportador de açúcar. No ano passado, os brasileiros venderam 25 milhões de toneladas do produto no mercado internacional, enquanto os asiáticos comercializaram 8 milhões de toneladas.

Os principais fatores para o crescimento do setor na Tailândia são a política de estímulo à instalação de novas usinas; a posição invejável onde se encontra no mundo, próxima dos grandes consumidores da Ásia; e também por ser um dos poucos países com capacidade de expansão de sua produção.

Em relação aos incentivos governamentais, o Brasil está questionando na Organização Mundial de Comércio (OMC) algumas das políticas da Tailândia para o setor do açúcar, incluindo um subsídio para produtores de cana que levou a um aumento na produção nos últimos anos, mesmo quando o mundo estava enfrentando um longo período de baixos preços no açúcar, uma tendência que agora está se revertendo.

O Brasil diz também que a Tailândia tem indiretamente subsidiado as exportações de açúcar, e argumenta que isso quebra algumas regras de comércio internacional.O estímulo governamental levou o país asiático, nos últimos quatro anos, a aumentar a participação nas vendas externas de 12,1% para 15,8%. Já os brasileiros viram sua quota cair de 50% para 44,7%.


A Tailândiaespera colher 91 milhões de toneladas de cana em 2016/17 (a expectativa de produção da safra brasileira é em torno de 650 milhões de toneladas). Mesmo com esse avanço, sabe-se que a produção de cana naquele país necessita de modernização do parque produtor. Atualmente, apenas 10% da safra é completamente mecanizada. No caso da colheita, somente 20% é feita com máquinas e o índice de colheita com cana queimada ainda atinge 60% da produção. A meta é reduzir as queimadas em 20% até 2020.

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