Pontos que devem ser aperfeiçoados na colheita mecânica da cana
05-04-2016

Na opinião de Sidnei João Bortolozzo, engenheiro agrônomo, consultor e coordenador do Gmec (Grupo de Motomecanização do Setor Sucroenergético),que desde as primeiras máquinas que começaram a cortar os canaviais brasileiros até hoje, os equipamentos passaram por aperfeiçoamentos relevantes em vários pontos, como no sistema hidráulico, no ângulo dos “pirulitos”, melhoria da cabine, do sistema de arrefecimento do motor, do sistema de limpeza da cana, além da substituição dos motores diesel – questão que é pauta de muita discussão.

O engenheiro mecânico Edimilson Gomes Leal, gerente de Manutenção Automotiva da Usina Ferrari, reconhece o esforço dos fabricantes de colhedoras que buscam, a cada dia, disponibilizar melhorias que permitam operar com melhores índices de eficiência e produtividade.

“Porém, precisamos de mais tecnologias, principalmente aplicadas ao auto-ajuste das condições instantâneas da colheita, adequando os parâmetros de regulagens que resultem em operação mais econômica, independente das ações do operador”, diz Leal, que também aponta a necessidade da oferta de funcionalidades que facilitem a operação, como sincronismo automático entre colhedora e transbordo, funções repetitivas acionadas por um toque etc. “Há que se considerar a aplicação nas colhedoras de cana de tecnologias disponíveis em equipamentos de outras culturas”, acrescenta.

O gerente de Manutenção Automotiva da Usina Ferrari cita ainda a necessidade de ações que permitam a redução dos custos operacionais, melhoria da servicibilidade com ganhos substanciais de disponibilidade mecânica e redução de perdas, oferecendo equipamentos que possam ser operados eficientemente, em diferentes condições de colheitabilidade, produtividade do canavial e topografias.

Também para Bortolozzo, a colheita mecanizada ainda não atende em 100% a expectativa de usinas e produtores. “O setor anseia por equipamentos mais resistentes, com menor grau de complexidade e que ajude a proporcionar redução no custo, na manutenção”, salienta.

Bortolozzo cita alguns pontos que ainda necessitam de atenção por parte dos fabricantes:
- rever o conceito da caixa de bombas (caixa de 4 furos),
- o sistema de limpeza dos toletes de cana pode ser melhorado,
- o corte de base necessita ser revisto com urgência (“este é um anseio enorme das usinas”),
- redimensionar o material rodante,
- melhorar o recolhimento da cana após o corte de base,
- rever a caixa estrutural do equipamento (“chassi” da colhedora),
- buscar simplificar o sistema hidráulico,
- aperfeiçoar o elevador.
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