Porque a São Martinho é uma das empresas mais inovadoras do país
09-11-2021

Usina São Martinho, unidade da companhia localizada em Pradópolis, SP
Usina São Martinho, unidade da companhia localizada em Pradópolis, SP

No ranking das 150 empresas mais inovadoras do país, realizado pelo jornal Valor Econômico, a São Martinho aparece na 54ª posição. Já no ranking setorial, a companhia é a 4ª mais inovadora do Agronegócio

Em 27 de outubro, por meio de uma cerimônia on-line, ocorreu a 7ª edição do “Prêmio Valor Inovação Brasil”, realizado pelo jornal Valor Econômico, em parceria com a consultoria Strategy& e ANPEI, que reconhece as 150 empresas mais inovadoras do país. Uma das premiadas foi a São Martinho que alcançou sua melhor posição (54ª) no ranking nacional, subindo 33 colocações em comparação com o resultado de 2020.  

No ranking setorial, a companhia manteve-se entre as cinco melhores e mais inovadoras do Agronegócio, na 4ª posição. É a quinta edição do prêmio - 2016, 2018, 2019, 2020 e 2021 – em que a São Martinho garante seu lugar no Top 5 do setor.

A premiação reconheceu modelos de gestão, capacidade de investimento e resultados conquistados com a inovação nas maiores companhias em atividade no Brasil, entre 23 setores da economia.

Com indicadores quantitativos e qualitativos, o ranking foi elaborado com base em cinco pilares da cadeia de inovação: intenção de inovar, esforço para realizar a inovação, resultados obtidos, avaliação do mercado e geração de conhecimento. Além disso, a pesquisa buscou avaliar e entender como as empresas estão se preparando hoje para o desenvolvimento de inovações em segurança de dados e cibernética.

Para Agenor Pavan, COO e vice-presidente da São Martinho, a premiação demonstra novamente a capacidade da companhia em transformar conhecimento em novas soluções para o setor agro, com a dedicação de todos os seus colaboradores, buscando a geração de novos produtos e oportunidades de negócio. “Para o futuro próximo, novas estruturas de investimento estão sendo consideradas em nosso planejamento estratégico, para intensificarmos ainda mais a inovação dentro da empresa”, destaca ele.

A São Martinho é considerada um dos maiores grupos sucroenergéticos do Brasil, com capacidade aproximada de moagem de 24 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra, com índice máximo de mecanização de colheita de 100%, sendo referência no setor na gestão agrícola e industrial. A Companhia possui uma diferenciada plataforma logística para escoamento de produtos, alta capacidade de armazenagem e a proximidade de importantes rodovias e ferrovias, além de possuir um ramal ferroviário próprio.

INOVAÇÃO É FOCO DA GESTÃO

 Segundo Fabio Venturelli, presidente da São Martinho, eleito um dos "10 melhores CEOs do Brasil" em 2021, em lista elaborada pela revista Forbes, entre os planos da empresa está: ser digital e gerar inovação. E nesse sentido, a São Martinho em parceria com o Cubo Itaú, lançou no último mês de julho, o Cubo Agro o maior hub da América Latina para fomentar o desenvolvimento tecnológico de startups no agronegócio.

O Cubo Agro é um novo espaço para conexão entre agtechs, grandes empresas, fundos de investimentos e demais agentes do ecossistema e tem o objetivo de impulsionar o empreendedorismo tecnológico por meio da inovação no setor do agronegócio no Brasil e na América Latina,

Em parceria com a Corteva Agriscience e o Itaú BBA, o Cubo Agro pretende realizar uma intensa agenda de atividades para promover a geração de negócios e troca entre startups e demais atores desse ecossistema, por meio de workshops, eventos de network e troca de experiência, cursos, treinamentos, entre outras.

Uma das contribuições que a companhia espera realizar por meio do Cubo Agro é o desenvolvimento de projetos com uso da tecnologia 5G e potencial de maior conectividade no ambiente agroindustrial.

A INOVAÇÃO TAMBÉM ESTÁ PRESENTE NOS PROJETOS VERDES

 Ainda no mês de julho, a São Martinho, realizou captação de R$ 1 bilhão destinados ao financiamento de ‘projetos verdes’ previstos pela Companhia. A linha de crédito liderada pelo IFC e Rabobank financiará parte do projeto da nova unidade termelétrica (UTE) da Usina São Martinho, que aumentará a oferta de energia limpa e renovável da Companhia em aproximadamente 20%, além de investimentos na renovação de plantio de cana-de-açúcar, por meio de práticas agrícolas inovadoras.

Uma parte destes recursos traz um componente inovador no agronegócio brasileiro: o financiamento verde fundamentado nos Green Loan Principles (GLP), tornando-se o primeiro green loan no setor de açúcar e etanol do Brasil. Estes princípios têm como objetivo a criação de uma estrutura com alto nível de padrões e diretrizes socioambientais, com metodologia consistente e promoção da integridade por meio de empréstimos verdes. Esta parcela do empréstimo será utilizada para financiar a conclusão da expansão de cogeração da São Martinho através da substituição das caldeiras e geradores existentes por outros de maior capacidade e mais eficientes, contando inclusive com a utilização da técnica de ciclo regenerativo, que associada ao uso de caldeira de leito fluidizado, aumentará a exportação de bioenergia da companhia em aproximadamente 210 GWh por safra, evitando a emissão de cerca de 85 mil toneladas de GEE (Gases de Efeito Estufa) por ano, quando comparada à energia elétrica gerada via gás natural.

Este aumento na produção de energia limpa e renovável, além de contribuir positivamente para o desenvolvimento da matriz energética brasileira, tem capacidade para abastecer o equivalente a 46 mil residências todos os anos, utilizando a mesma quantidade de bagaço consumido atualmente, além de ampliar o nível de segurança operacional, por meio de processos mais automatizados, e reduzindo em cerca de 300 toneladas as emissões de particulado e 4 toneladas de NOx (óxido de nitrogênio) por ano.

Quanto aos investimentos atrelados à renovação por meio do plantio de cana-de-açúcar da São Martinho, os recursos utilizados permitirão a potencialização de técnicas agrícolas inteligentes, que incluem a maximização do uso de fertilizantes orgânicos, a utilização de técnica de preparo do solo localizado (que reduz em 5 vezes a emissão de GEE versus a técnica convencional), a reciclagem de nutrientes, e uso de imagens em tempo real para acompanhamento do desenvolvimento dos canaviais.

“São investimentos que incrementarão em aproximadamente 20% o volume de energia da São Martinho, contribuindo para a matriz energética brasileira, em especial no período de safra que coincide com o período de seca no Centro-Sul do país. Além disso, iremos adquirir equipamentos de empresas regionais, gerando cerca de 400 novos empregos direta e indiretamente, fomentando a economia local”, afirma Felipe Vicchiato, CFO da São Martinho.

Em relação à emissão das debêntures de infraestrutura, simples e não conversíveis em ações, o prazo de vencimento é de dez anos da data de emissão, com amortizações no 6º, 7º, 8º, 9º e 10º anos.

Os recursos serão utilizados para financiar parte da planta de etanol de milho, acoplada à Usina Boa Vista (UBV), além da manutenção, adequação e modernização das atividades da UBV referentes a plantio de cana, manutenção de entressafra, tratos culturais, equipamentos e reposições, e investimentos relacionados a melhorias na segurança das instalações industriais.

Fonte: CanaOnline com informações da área de comunicação da São Martinho