Pragas e doenças da cana desafiam o setor
01-09-2016

É importante conhecer a qualidade dos parasitoides para definir o controle biológico de pragas a ser utilizado

Uma das demandas das usinas de cana-de-açúcar de Mato Grosso do Sul é entender melhor a dinâmica das pragas e doenças da cultura para realizar o controle e melhorar a produtividade. Com esse objetivo, a Biosul e a Embrapa, promoveram sede da Embrapa Agropecuária Oeste, em 18 de agosto, o 3º Seminário do 2ºCiclo de Seminários Agrícolas de 2016, que foi organizado da TCH Gestão Agrícola, e apoio da Famasul, Fundação MS e Sulcanas.

Na ocasião, o chefe geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Guilherme Asmus, lembrou que o levantamento das demandas e os debates gerados nesses seminários, contribuem para melhorar os processos produtivos da região. Erico Paredes, assessor técnico da Biosul, ressaltou a importância das parcerias para a realização do eventoe da presença dos técnicos do Estado nos Seminários. "A rede entre os parceiros para os debates das demandas das usinas é uma forma de atendermos o setor sem sobrepor trabalhos."

CONTROLE BIOLÓGICO

O chefe adjunto de P&D da Embrapa Agropecuária Oeste, Harley Nonato de Oliveira, falou sobre a importância de se conhecer a qualidade dos parasitoides para o controle biológico de pragas a serem utilizados, inclusive dos processos da criação deles. Tal importância recai também sobre as usinas que têm ou vão montar o próprio laboratório, porque precisam conhecer todos os procedimentos para desenvolver e melhorar o desempenho dos organismos benéficos.

"Quem produz cana e utiliza o controle biológico deve ficar atento às recomendações da pesquisa quanto a diversos fatores, como a qualidade e a idade do parasitoide, a forma de transporte e sua distribuição, o horário de liberação desses inimigos naturais na lavoura, a seleção de produtos fitossanitários quando se faz o controle químico, entre outros".

Entre as maneiras de se melhorar o desempenho de organismos benéficos no controle de pragas são qualidade dos parasitoides criados em laboratório; cuidado no transporte e nas liberações (confira a publicação neste link http://bit.ly/SOGG4K); período que a praga está apta a ser controlada pelo parasitoide; uso de produtos fitossanitários seletivos, entre outros. Oliveira tambémressaltou que é de suma importância que sejam criados laboratórios de qualidade em Mato Grosso do Sul (atualmente, não existem laboratórios no Estado) e que os parasitoides a serem trabalhados sejam adaptados à região.

Pesquisas realizadas pela Embrapa Agropecuária Oeste, com apoio da UFGD, avaliaram efeito de stress por temperatura sob diferentes parasitoides de Diatraeasaccharalisem laboratório. Resultados mostram diferentes comportamentos de inimigos naturais em relação às variações de temperaturas encontradas na região produtora de Dourados, MS. Os inimigos naturais adaptados às condições climáticas conseguem melhor desempenho.
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