Preço do etanol atinge maior valor da safra 2025/26
16-12-2025

Chuvas em boas proporções em regiões de São Paulo levaram usinas a encerrarem a moagem da safra 2025/26 — Foto: Wenderson Araujo/CNA
Chuvas em boas proporções em regiões de São Paulo levaram usinas a encerrarem a moagem da safra 2025/26 — Foto: Wenderson Araujo/CNA

Açúcar mostra volatilidade nas cotações no mercado doméstico

Por Marcelo Beledeli — Porto Alegre

Impulsionados pela oferta restrita no mercado de balcão do Estado de São Paulo, os preços dos etanóis atingiram, na última semana, o maior patamar nominal da safra 2025/26, apontam levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Entre 8 e 12 de dezembro, o indicador do etanol hidratado Cepea/Esalq registrou o preço médio de R$ 2,9092 o litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), alta de 0,83% no comparativo ao período anterior. Esta foi a nona semana consecutiva de aumento. Para o anidro, o indicador subiu 0,39%, a R$ 3,3256 por litro, o oitavo avanço semanal seguido.

De acordo com o Cepea, vendedores seguem com baixo interesse de realizar novos negócios, sem pressa para finalizar seus estoques, que continuam pequenos. Além disso, ao longo da semana passada, chuvas em boas proporções em regiões de São Paulo levaram outras usinas a encerrarem a moagem da safra 2025/26.

Do lado da demanda, pesquisadores explicam que muitos compradores indicam ter bons volumes para as próximas semanas. Assim, o interesse seguiu pontual, com distribuidoras focadas no encerramento do ano com estoques mais enxutos.

Açúcar

Já os preços do açúcar registraram volatilidade expressiva ao longo da semana passada, com amplitude de aproximadamente R$ 3 por saca de 50 quilos entre o piso e o teto. No balanço de 8 a 12 de dezembro, a média foi de R$ 110,30 a saca, alta de 2,09% frente à do período anterior. Nesta segunda-feira (15/12), o indicador Cepea/Esalq registrou a cotação de R$ 109,10 a saca, uma alta acumulada de 0,55% desde o início de dezembro.

Segundo o Cepea, a demanda esteve mais ativa no mercado paulista, com empacotadores e indústrias buscando açúcar de qualidade superior devido aos estoques reduzidos. Do lado da oferta, pesquisadores explicam que agentes de usinas estiveram firmes nos preços, contrariando expectativas de maior disponibilidade. Diversas unidades têm reduzido sua participação no spot, uma vez que parcela significativa da produção já está comprometida com contratos de exportação e de abastecimento interno.

Fonte: Globo Rural