Preços do açúcar sobem motivados pela chuva no C/S e queda da produção da commodity
11-09-2015

Depois de um dia de retração, os preços do açúcar voltaram a subir nesta quarta-feira (9), consequência da divulgação dos números atuais da safra brasileira. Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a produção de açúcar no Centro-Sul, nos últimos quinze dias do mês, atingiu apenas 2,84 milhões de toneladas, recuo de 5,95% em relação a igual data do último ano.

Ainda de acordo com o levantamento, a produção de açúcar alcançou 19,2 milhões de toneladas, no acumulado desde o início da safra 2015/2016 até 1º de setembro. Uma queda de 8,31% no comparativo com a safra passada. Segundo a Capital Economics, consultada pelos analistas do jornal Valor Econômico de hoje (10), as usinas estão preferindo produzir etanol para gerar fluxo de caixa.

O boletim da H.Commor diz que o aumento também foi impulsionado pela chegada das chuvas na região Centro-Sul, com relatos de paralisações por grande parte das usinas por toda a região, que devem continuar até o dia 12 com acumulado de 100 a 150mm, segundo a somar meteorologia. Enquanto isso, os reflexos do El Niño na Índia, em Maharashtra, as chuvas esperadas estão em média 35% abaixo do normal no período de monções.

Por isso, a commodity foi negociada a 11,43 centavos de dólar por libra-peso, no vencimento outubro/15 de Nova York. Um aumento expressivo de 36 pontos no comparativo com a véspera. No lote março/16, a valorização foi de 33 pontos e na tela maio/16, de 30 pontos.

Em Londres, na tela de outubro/15, a alta foi de 1,40 dólar, com negócios firmados em US$ 346,00 a tonelada. De dezembro/15 a maio/16, o aumento registrado oscilou de 2,30 a 3,60 dólares.


Mercado doméstico

No mercado interno, o preço do açúcar se manteve valorizado. Segundo índices do Cepea/Esalq, da USP, os negócios foram firmados em R$ 49,45 a saca de 50 quilos do tipo cristal, alta de 1,27%.


Etanol

Os preços do etanol hidratado tiveram mais um dia de alta ontem, de acordo com os índices da Esalq/BVMF. O metro cúbico foi negociado a R$ 1.169,50, aumento de 0,78%.

Patrícia Mendonça