Preços do café e do cacau recuam na abertura da bolsa de Nova York
18-10-2024

Real mais fraco frente ao dólar incentivou as exportações, pressionando os preços do café para baixo — Foto: Getty Images
Real mais fraco frente ao dólar incentivou as exportações, pressionando os preços do café para baixo — Foto: Getty Images

Açúcar e algodão operam em alta nesta manhã

Por Isadora Camargo — São Paulo

A abertura do pregão desta sexta-feira (18) na bolsa de Nova York trouxe novas variações aos contratos de dezembro do café arábica que cai 0,45%, operando a US$ 2,5400 a libra-peso, a despeito das preocupações com uma oferta global crescente, especialmente no Brasil, onde as condições climáticas recentes foram favoráveis para a safra, mas não garantem ainda qualidade e volume produzido para o ciclo 2025/26.

Além disso, o real mais fraco frente ao dólar incentivou as exportações, pressionando os preços para baixo, segundo o site Barchart.

Os lotes de cacau para dezembro também recuam, com os futuros operando a US$ 7.590 a tonelada, depreciação de 2,33%.

Segundo o site Barchart, a recente - e pontual - elevação foi impulsionada por receios sobre a oferta na Costa do Marfim, maior produtor mundial, que enfrenta incertezas políticas e problemas logísticos, o que reduz a capacidade de exportação e mantém a oferta limitada. Porém, com chuvas na África Ocidental, demanda mais lenta da indústria e realização de lucros, a amêndoa voltou ao campo negativo novamente.

Nas negociações do açúcar para março de 2025 há alta de 1,35% nesta manhã, sustentada por uma redução na oferta global. As cotações estão em 22,45 centavos de dólar por libra-peso.

A Índia, um dos maiores exportadores, impôs restrições às exportações para proteger o mercado interno, o que diminuiu o fluxo global da commodity, impulsionando os preços.

Também no campo positivo, o algodão de primeira posição - com prazo para março de 2025 - abre em alta de 1,34%, a 71,71 centavos de dólar por libra-peso. Os preços oscilam pressionados pela demanda global, especialmente da China, e pela expectativa de uma safra maior nos Estados Unidos devido às boas condições climáticas. A combinação desses fatores tem levado a pluma a uma volatilidade, sem grandes mudanças nos fundamentos.

Em Nova York, movimentos de preço estão sendo moldados por fatores climáticos, decisões políticas em grandes países exportadores e pela dinâmica da demanda global, especialmente em países como China e Índia, que afetam diretamente o comércio internacional de commodities.

Fonte: Globo Rural