Preços do petróleo despencam e arrastam cotações do açúcar para baixo
01-12-2014

Como se os problemas de quebra de safra com a forte estiagem e a falta de políticas públicas para incentivar o setor não bastassem, as usinas agora enfrentam outro forte oponente, que tem feito com que os preços do açúcar despenquem na mesma proporção desse "inimigo da vez": o petróleo.

Depois de cair vertiginosamente, os preços do barril do petróleo têm influenciado negativamente nos negócios tanto de açúcar como de etanol, nas bolsas externas e interna. Na última sexta-feira (28 de novembro), o açúcar fechou cotado a 15,96 centavos de dólar por libra-peso, na bolsa de Nova York, uma baixa de 51 pontos, no vencimento março/2015.

Segundo apurou o jornal Valor Econômico desta segunda-feira (1), "a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) disse que manterá seu nível de produção, apesar do ciclo de baixa nos preços. A medida pode aumentar a pressão sobre a commodity (açúcar) e a gasolina, que compete com o etanol. Valores menores do biocombustível podem levar as usinas a direcionar mais cana à produção de açúcar, elevando a oferta. A variação também foi determinada pela baixa liquidez, além de movimentos técnicos dos fundos".

De acordo com artigo publicado pelo economista Arnaldo Luiz Corrêa, da Archer Consulting, com o título "Culpe a Opep", a atual queda nos preços do barril de petróleo, "para o setor é uma catástrofe...por isso, o mercado de açúcar em NY fechou em queda nesta sexta-feira de quase 3,5%. Uma queda de 12 dólares por tonelada na semana. Ao longo da curva de três anos apresentada pelo açúcar em NY, as quedas oscilaram entre 8 e 13 dólares por tonelada".

Em Londres, todos os vencimentos também se retraíram. Na tela de março/15, o açúcar fechou cotado a US$ 413,80, baixa de 7,60 dólares no comparativo com a véspera. Os demais vencimentos tiveram retração entre 7 a 7,60 dólares.

No mercado interno o açúcar também se depreciou, fechando a última sexta-feira cotado em R$ 52 a saca de 50 quilos do tipo cristal, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), queda de 0,23% no comparativo com a véspera.

Rogério Mian
Fonte: Agência UDOP de Notícias
Preços do petróleo despencam e arrastam cotações do açúcar para baixo

01/12/14 - Como se os problemas de quebra de safra com a forte estiagem e a falta de políticas públicas para incentivar o setor não bastassem, as usinas agora enfrentam outro forte oponente, que tem feito com que os preços do açúcar despenquem na mesma proporção desse "inimigo da vez": o petróleo.

Depois de cair vertiginosamente, os preços do barril do petróleo têm influenciado negativamente nos negócios tanto de açúcar como de etanol, nas bolsas externas e interna. Na última sexta-feira (28 de novembro), o açúcar fechou cotado a 15,96 centavos de dólar por libra-peso, na bolsa de Nova York, uma baixa de 51 pontos, no vencimento março/2015.

Segundo apurou o jornal Valor Econômico desta segunda-feira (1), "a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) disse que manterá seu nível de produção, apesar do ciclo de baixa nos preços. A medida pode aumentar a pressão sobre a commodity (açúcar) e a gasolina, que compete com o etanol. Valores menores do biocombustível podem levar as usinas a direcionar mais cana à produção de açúcar, elevando a oferta. A variação também foi determinada pela baixa liquidez, além de movimentos técnicos dos fundos".

De acordo com artigo publicado pelo economista Arnaldo Luiz Corrêa, da Archer Consulting, com o título "Culpe a Opep", a atual queda nos preços do barril de petróleo, "para o setor é uma catástrofe...por isso, o mercado de açúcar em NY fechou em queda nesta sexta-feira de quase 3,5%. Uma queda de 12 dólares por tonelada na semana. Ao longo da curva de três anos apresentada pelo açúcar em NY, as quedas oscilaram entre 8 e 13 dólares por tonelada".

Em Londres, todos os vencimentos também se retraíram. Na tela de março/15, o açúcar fechou cotado a US$ 413,80, baixa de 7,60 dólares no comparativo com a véspera. Os demais vencimentos tiveram retração entre 7 a 7,60 dólares.

No mercado interno o açúcar também se depreciou, fechando a última sexta-feira cotado em R$ 52 a saca de 50 quilos do tipo cristal, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), queda de 0,23% no comparativo com a véspera.

Rogério Mian