Pressão sobre os custos teve queda, mas a disparada do dólar e o fluxo de caixa das usinas preocupam
10-11-2015

Os números mais atuais da evolução dos custos das usinas e as perspectivas futuras para o setor canavieiro serão apresentados no 14º Seminário de Produtividade & Redução de Custos


A evolução dos custos de produção de cana, açúcar e etanol até 2015 será a temática de uma das palestras do 14º. Seminário de Produtividade & Redução de Custos na Agroindústria Canavieira do Grupo IDEA. Evento que acontece no Centro de Convenções de Ribeirão Preto nos dias 2 e 3 de dezembro.
O assunto será abordado no evento pelo consultor Francisco Oscar Louro Fernandes, da Sucrotec. De acordo com ele, a pressão sobre os custos de produção arrefeceram na primeira metade da safra 2015/16, com reajustes mais moderados em vários itens importantes, como mão de obra, insumos agrícolas, itens de manutenção industrial e combustíveis. Além disso, a recessão econômica geral foi um fator determinante para este comportamento.
Mas a partir de setembro, o dólar passou a ter um peso muito grande sobre as empresas. A disparada da cotação da moeda influenciou vários insumos. “O diesel, que já havia tido seu preço fortemente reajustado em novembro de 2014 (5%) e fevereiro de 2015 (6%), encarecendo a safra atual em relação ao realizado na safra anterior, foi novamente elevado em outubro de 2015 (4%).”
Ao analisar a safra 2015/16, é importante considerar que o ciclo está marcado por uma melhora no rendimento agrícola em relação ao anterior e por um rendimento industrial que continua patinando e não conseguiu se recuperar adequadamente.


PERSPECTIVAS POSITIVAS, MAS COM DESAFIOS À VISTA

Segundo Oscar, a perspectiva para o custo médio da safra 2015/16 é de um custo total ligeiramente superior à safra anterior em termos nominais, mas descontando-se a inflação do período, os custos terão uma redução significativa.
Além disso, é possível traçar um cenário mais tranquilo para o setor sucroenergético. Ele destaca que a recente alta nos preços do açúcar e do etanol é muito bem vinda e muda para melhor as perspectivas das empresas do setor.
“No curto prazo, porém, permanecem enormes dificuldades de fluxo de caixa para a maioria das empresas. A alta do dólar é um desafio para as usinas com endividamento atrelado à moeda estrangeira. Muitas terão benefícios bastante limitados com a alta dos preços ainda nesta safra, já que a maior parte da produção já foi comercializada e precificada a valores menores.”
No entanto, segundo ele, a perspectiva para a safra 2016/17 é bastante positiva para as empresas que conseguirem equacionar as dificuldades de fluxo de caixa e de capital de giro, problemas que permanecerão na entressafra que se aproxima. “Teremos boa disponibilidade de matéria-prima e preços mais remuneradores, mas o desafio de conter os custos de produção permanecerá, já que a alta inflação é uma ameaça real na situação atual da economia brasileira.”
Já uma análise mais completa sobre os custos de produção, Oscar apresentará no 14º Seminário de Produtividade & Redução de Custos. Inclusive levará todos os números mais atuais relacionados à evolução dos custos na agroindústria canavieira. “Não quero me adiantar nos resultados finais, porque quero apresentar na palestra os números mais atualizados possíveis.”
Oscar será um dos palestrantes do Seminário, que irá reunir grandes especialistas em Produtividade e Redução de Custos na cadeia sucroenergética, para um público de cerca de 500 pessoas. O evento encerra o calendário de eventos promovidos pelo Grupo IDEA em 2015.

Veja abaixo a programação completa do 14º. Seminário de Produtividade & Redução de Custos

* DIA 02 DE DEZEMBRO

08:00 RECEPÇÃO E CREDENCIAMENTO

08:45 Abertura.
Dib Nunes Jr. (Grupo IDEA)

1º Seção: ESTRATÉGIAS E TECNOLOGIAS PARA ADUBAÇÃO ECONÔMICA DA CANA

09:00 Racionalização e otimização da adubação da cana-de-açúcar: alternativas para reduzir custos.
Claudemir Pedro Penatti (CTC)

09:40 Microrganismos como protagonistas da nutrição: uma nova tecnologia para uma realidade milenar.
José Tadeu Coleti (Consultor)

10:00 Método para duplicar a renda líquida da produção de cana-de-açúcar.
Flávio Pompei (Euroforte Agrociências)

10:20 COFFEE BREAK

10:50 Uso de bioativador cana-de-açúcar: redução do custo através da verticalização da produção.
Antonio Gonçalves (Arysta LifeScience)
Gaspar Henrique Korndorfer (Universidade Federal de Uberlândia)

11:10 Nitrogênio fluido em aplicação foliar sem perdas, oportunidade para elevar produtividade.
Felipe Pozzan (Agrichem)

2º Seção: VISÃO DE MERCADO E DE FUTURO PARA O SETOR SUCROENERGÉTICO.

11:30 Mercado de açúcar e etanol: o que vem por aí em 2016.
Eduardo Costa Carvalho (Sucden)

12:10 As grandes mudanças no setor sucroenergético para os próximos anos.
Jaime Finguerut (CTC)

12:50 INTERVALO LIVRE PARA ALMOÇO.

3º Seção: CUSTOS DE PRODUÇÃO E PROGRESSOS DO SETOR.

14:50 Fornecedor de cana: a sobrevivência vem do “arroz com feijão” bem feito.
Ismael Perina (Fornecedor)

15:20 ROI - retorno sobre o investimento: saiba como uma sigla pode impactar diretamente na sua rentabilidade.
Leonardo Salvador Pereira (Syngenta)

15:40 A evolução dos custos de produção de cana, açúcar e etanol até 2015.
Francisco Oscar Louro Fernandes (Sucrotec)

16:20 COFFEE BREAK

16:50 Conjuntura atual sucroenergética e projeção de safra para 2016/17 no Centro-Sul.
Antonio de Pádua Rodrigues (UNICA)

17:30 Tecnologias consagradas e disponíveis para o aumento da produtividade.
Antonio Cesar Azenha (Basf)

18:00 ENTREGA DO PRÊMIO: “1º DESAFIO CANAMÁXIMA”.
Basf e CTC (Centro de Tecnologia Canavieira)


* DIA 03 DE DEZEMBRO

4º Seção: EM BUSCA DA PRODUTIVIDADE PERDIDA.

09:00 Cenários para o setor sucroenergético.
Marcos Fava Neves (USP/ Markestrat)

09:40 Onde buscar as 100t/ha e 140 kg/t de ATR.
Dib Nunes Jr. (Grupo IDEA)

10:20 COFFEE BREAK

10:50 Estratégias para reduzir o custo da colheita mecanizada.
Raimundo José de Souza (Logtrac)

11:30 Estratégias de gestão para melhorar os resultados da área agrícola.
Gustavo Villa Gomes (Usina Açucareira Guaíra)

12:10 ENCERRAMENTO


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