Primeiro levantamento da cana da Conab aponta aumento do etanol
04-05-2018

A melhoria na qualidade da cana-de-açúcar motivou o aumento de 1,4% na produção total de etanol, que deverá chegar a 28,16 bilhões de litros, de acordo com o 1º Levantamento da Safra 2018/2019, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgado nesta quinta-feira (3). Outro motivo da opção pelo combustível seria a queda dos preços do açúcar no mercado internacional.
No caso do etanol anidro, usado na mistura com a gasolina, o aumento é de 7% em sua produção, devendo chegar a 11,86 bilhões de l, com elevação justificada pelo maior consumo de gasolina que vem persistindo nos últimos anos. Já a produção de etanol hidratado, que é o próprio álcool biocombustível, deverá ser de 16,3 bilhões de l, com uma queda de 2,3% ou 380,38 milhões de l. Como consequência do aumento do etanol, a produção de açúcar deverá ficar em 35,48 milhões de t, ou seja, uma retração de 6,3%, em comparação à safra 2017/18 (37,87 milhões de t).
A produção total de cana-de-açúcar está atualmente estimada em 625,96 milhões de toneladas, demonstrando uma redução de 1,2% em relação à safra 2017/18, que fechou em 633,26 milhões de t. A área colhida está estimada em 8,61 milhões de hectares, com queda de 1,3%. A devolução de terras arrendadas e rescisão de contratos com fornecedores também contribuíram para a manutenção dos índices de queda já sinalizados no fechamento da safra anterior.
Para Minas Gerais, a primeira estimativa da CONAB para a safra 2018/19 mostra um aumento de área cultivada de 2,1% quando comparada com a safra 2017/18, passando de 824,9 mil hectares para 842,3 mil hectares. A produtividade média inicialmente estimada é de 76.487 kg/ha, podendo sofrer ajustes ao longo da safra. A produção de cana-de-açúcar deverá ficar muito próxima do resultado da safra anterior e é estimada em 64,4 milhões de toneladas. A produção de açúcar deverá ser 19,4% menor do que a da safra passada, enquanto a produção de etanol deverá ser 12,1% maior. As informações apontam para uma mudança no mix de produção, que deverá priorizar a produção de etanol, cujos preços se apresentam superiores em 6,8% em comparação com o mesmo período do ano passado, sustentados pelos aumentos nos preços da gasolina.

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