Produção de Energia é o caminho mais rápido para a recuperação do setor sucroenergético
19-03-2015

O Brasil precisa urgentemente de maior produção de energia elétrica e a biomassa da cana-de-açúcar pode atender a esse chamado. Considerando dados de 2013 e 2014, Zilmar de Souza, gerente de bioeletricidade da Unica, destaca que a biomassa é responsável atualmente por aproximadamente 4,5% do consumo de energia elétrica do Brasil, sendo que o bagaço e a palha da cana-de-açúcar correspondem a mais de 80% de todas as fontes de biomassa utilizadas no país.Atualmente, a energia da biomassa da cana gera 21 GW/h, mas, se todo o bagaço e palha fossem aproveitados pelas usinas, seria possível gerar seis vezes mais energia do que o patamar atual de.

Se acontecer esse investimento para maior produção da luz gerada pela biomassa canavieira, além de ajudar ao Brasil a não ficar no escuro, a medida irá revigorar a cadeia sucroenergética. “Acredito que, no curto prazo, o que possibilitará um aquecimento de investimento no setor é a geração de energia. As condições objetivas para um plano de expansão estão dadas.” Antonio Eduardo Tonielo Filho, presidente do Ceise Br (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis),
Tonielo Filho lembra que o país tem tecnologia e matéria-prima (bagaço e palha) disponíveis. “Um plano de aumento de capacidade instalada de energia gerada no setor, trará encomendas para a indústria de base, que encontra-se estagnada e com ociosidade de aproximadamente 50% de sua capacidade instalada. A efetivação deste programa será injeção na veia da indústria de base, e produzirá resultados imediatos, possibilitando o início de um círculo virtuoso no setor.”
Ao falar sobre um programa de expansão de energia elétrica voltado às unidades já em operação, Tonielo Filho se refere a realização do chamado ‘Retrofit’, termo em inglês que significa reformar, porém adotando tecnologias de última geração, que permitem à indústria se tornar mais eficiente, produzindo mais com menor custo.
Não só entidades do setor se empenham para a criação de políticas públicas para o incremento na energia da biomassa, empresas parceiras também, como é o caso da TGM, sedidada em Sertãozinho, SP. Com tecnologia 100% brasileira, a TGM responde pela maior parte das aplicações de turbinas a vapor, redutores planetários e turborredutores no mercado nacional e é a maior exportadora deste segmento.
De acordo com Antonio Gallati, diretor da TGM, a empresa pode de imediato, a baixo custo e fácil instalação, incrementar o montante de 9,5 GWh de energia elétrica em pelo menos 230 Usinas. Com isso, é possível melhorar a eficiência das plantas, tornando-as mais competitivas e garantir a operação da usina com o compromisso de entregar ao mercado: etanol, açúcar e incrementar a geração de energia elétrica.
Mas para que isso ocorra, segundo ele, é preciso que haja uma flexibilização nas regras que permitem a conexão das plantas geradoras com as subestações e linhas de transmissões existentes. É necessário também que a remuneração por essa energia, que é definida em leilão, possua valor atrativo de maneira a viabilizar os investimentos.
A TGM já iniciou negociações com seus clientes para que no próximo ano essas usinas possam incrementar a parte da energia gerada através do ‘Retrofit’ no sistema elétrico nacional.

Veja mais informações na revista CanaOnline, baixe grátis o aplicativo para tablets e smartphones e receba a revista no celular – www.canaonline.com.br