Produtor acredita ser positiva a união da BP e Bunge na área de produção de açúcar e etanol no Brasil
01-08-2019

 Roberto Cestari: “as duas multinacionais têm caixa”
Roberto Cestari: “as duas multinacionais têm caixa”

Associados da Oricana fornecem grande parte da produção para usinas da Bunge e estavam ansiosos com o futuro da empresa

A Associação dos Fornecedores de Cana da Região de Orindiúva (Oricana) conta com 110 produtores que fornecem em torno de 1,5 milhão de toneladas de cana. Grande parte dessa produção segue para usinas da Bunge. Por isso, os últimos cinco anos, em que a Multinacional de Alimentos tentou negociar suas oito unidades, foram de incertezas para esses produtores.

No entanto, o recente anúncio de que a Bunge e a petroleira BP criaram uma nova empresa, a BP Bunge Bioenergia, na qual atuarão juntas na produção de açúcar e etanol no Brasil, foi vista de forma positiva pelos associados da Oricana. “As duas multinacionais têm caixa, então acreditamos que haverá mais investimentos, a nova empresa será mais competitiva e sustentável. Para isso, precisa valorizar a cana do fornecedor que se empenha para entregar uma matéria-prima com qualidade superior”, diz Roberto Cestari, presidente da Oricana.

Os associados da Oricana planejam o manejo varietal, prepararam o solo, plantam, realizam tratos culturais, colhem e transportam a cana até a esteira da usina, enfim, são responsáveis por todo o processo agrícola da produção de cana.

De acordo com informações da assessoria da BP Bunge Bioenergia esta união foi a saída que as duas companhias encontraram para ganhar competitividade no setor. A nova companhia terá 11 usinas (8 da Bunge e 3 da BP) em cinco Estados, terá capacidade para 32 milhões de toneladas de cana, a produção anual de etanol pode chegar a 1,5 bilhão de litros e a de açúcar, a 1,1 milhão de toneladas.

Ambas dividirão o controle, com 50% de participação cada. Geovane Consul, executivo da Bunge, será presidente da nova empresa, que terá num primeiro momento a estratégia de investir em renovação de canaviais para aumentar o aproveitamento das 11 usinas. Hoje as duas empresas combinadas têm 90% de capacidade utilizada.

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