Produtor aposta na verticalização e redução de custos
05-05-2016
O produtor tem obtido grandes resultados com o incremento do GPS em área de plantio e colheita
Ademir Ferreira de Mello Junior, também conhecido como Juninho de Mello, é produtor rural em Campo Florido, MG, onde preside a Associação dos Fornecedores de Cana da Região de Campo Florido (CanaCampo). Segundo ele, o foco atual dos produtores canavieiros da entidade é a verticalização da produção e a redução de custos.
“Acredito que se hoje não tentarmos acompanhar a tecnologia, podemos ficar para trás. Mas essa aplicação tem que ser com cautela. O objetivo é aplicar diferentes soluções para aumentar a produtividade, promovendo redução de custos”, diz Juninho de Mello, que é a segunda geração de produtores de cana na família. Essa sua filosofia tem surtido efeito: a média de produtividade de suas áreas subiu de 85 t/ha para 102 t/ha nos últimos cinco anos.
O produtor tem obtido grandes resultados com o incremento do GPS em área de plantio e colheita, além do uso desta tecnologia também na aplicação de defensivos.
Mas o GPS não faz milagre sozinho. Juninho de Mello também tem avançado em suas áreas com novas soluções para adubação, novo manejo de variedades de acordo com a área e a época de corte, uso de maturadores etc. Para ele, o que o produtor ainda precisa de muita melhoria é em variedades. “As nossas variedades precisam estar preparadas para acompanhar todas essas mudanças que estão acontecendo rapidamente. O problema é que o desenvolvimento de variedades não acompanha a velocidade das outras tecnologias que surgem e as demandas do produtor.”
Em sua visão, o processo de desenvolvimento tecnológico é muito mais rápido com os grãos. Um exemplo é toda tecnologia que se colocou na semente do milho. “Se analisar todo o contexto, de fato o nosso negócio está cada vez mais high tech, mas na hora do plantio a gente perde.” Por causa da muda, da variedade, do sistema de plantio. “Por mais que eu faça, invista em tecnologia, tem cana que não dá conta de responder, porque é limitada.”
Por isso é favorável a tecnologias como o MPB e a um avanço maior na biotecnologia, especialmente em propostas como a da semente de cana. “Simplificam muito mais o processo.”
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